O catarinense Moisés Tancredo da Rosa, de 23 anos, é um dos sobreviventes da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, em que mais de 230 jovens morreram. Ele estuda na Universidade Federal de Santa Maria e estava na festa no momento do incêndio. A mãe do rapaz, Valdete Tancredo da Rosa, relatou a angústia que sentiu ao receber a notícia da tragédia.
Segundo Valdete, o filho ligou às 6h20 para avisar que estava bem. "Ele disse: mãe, aconteceu uma grande tragédia na boate onde nós estávamos. Mas eu escolhi o lugar certo. Disse para os meus amigos "vamos por aqui" e se estivesse em qualquer outro lugar talvez não tivesse conseguido. Passei por mais de 100 pessoas e, quando não estava mais aguentando, consegui sair na rua, consegui sair do tumulto. Depois disse que precisava voltar para o hospital porque havia muita fumaça", conta.
De acordo com Valdete, que mora em Criciúma, no momento da ligação ela ainda não tinha ideia da proporção do desastre. Somente mais tarde, quando o marido ligou a televisão, ela entendeu a tragédia. "Aí não acreditei nem que era ele que tinha ligado. Comecei a me desesperar. Tentei ligar pra ele, mas ele não atendia. Estava no hospital, acabou a bateria. Não conseguia mais ficar tranquila".
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