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Cidades/Geral
Sábado - 20 de Maio de 2006 às 07:29

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São feitos mensalmente cerca de 2,3 mil atendimentos pelo Buscar. As prioridades são tratamento médico, como no caso de hemofílicos, fisioterapias e transporte de estudantes. Quem precisa dele descreve uma rotina de resignação e sofrimento.

O estudante da 6ª série, Fabiano Fernandes Morais, 10, que aos 8 anos teve uma meningite e tornou-se paraplégico, já foi esquecido diversas vezes pelo serviço. No mês passado, a avó dele, Nice Fernandes, 54, precisou de apoio da polícia para resgatá-lo na escola por volta das 22 horas.

"Ele ficou tão nervoso que precisou ser levado para o Pronto-Socorro tomar um medicamento para baixar a pressão. De tanto esperar também tem dores horríveis nas pernas", conta a avó, moradora do bairro Pedregal, que às vezes vai a pé até o colégio, na Lixeira, buscar Fabiano.

Ela explica que há cerca de dois meses, em razão do número crescente de usuários, a van deixou de atender o garoto, que agora só conta com o Buscar para chegar na escola. Para retornar, Nice precisa de força e coragem, pois precisa utilizar o transporte coletivo. "Demora para algum motorista parar. Tenho que pegar o Fabiano no colo, subir com ele, depois voltar e pegar a cadeira. A mesma coisa para descer. Geralmente ninguém ajuda". Seria mais fácil se o garoto não pesasse 50 kg.

A dona-de-casa Maria Luiza Lourenço, 38, mãe de Antônio, 2, já tentou diversas vezes obter o serviço para levar a criança na fisioterapia, mas sempre é informada de que não existem vagas. (RD)





Fonte: A Gazeta

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