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Cidades/Geral
Sexta - 19 de Maio de 2006 às 13:52
Por: Gleid Moreira

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A falta de adaptação no transporte coletivo e a precariedade do Programa Buscar, que atende ao mês, 450 portadores de necessidades especiais do município, foram amplamente discutidas em uma audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira (19), na Câmara Municipal de Cuiabá. Representantes de entidades e instituições, como a Associação Mato-grossense de Deficientes (Amde), falaram das principais dificuldades que os deficientes enfrentam com relação ao direito de ir e vir, devido à precariedade em todos os setores e segmentos que dependem no dia-a-dia. A falta de adequação, principalmente no que refere às estruturas arquitetônicas, consideradas barreiras de maior gravidade, foram enfoques principais da audiência, além do transporte.

Muitos cadeirantes estiveram no evento, falando das dificuldades que têm, desde a saída de casa, pela manhã, às demais atividades que são rotinas na vida de uma pessoa, como o trabalho, lazer e educação.

O evento, de autoria dos vereadores Mário Lúcio (PV) e Luiz Marinho (PFL), contou com a presença de representantes de diversos órgãos e instituições, como o Ministério Público (MP), Amde, Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU), entre outros e dos vereadores Luiz Poção (PSDB), Domingos Sávio (PMDB), Permínio Pinto (PSDB), Ivan Evangelista (PPS) e Francisco Vuolo (PPS).

Para o vereador Mário Lúcio, o requerimento da audiência visou principalmente, conscientizar os gestores não só da Capital, como também do Estado, sobre as necessidades dos portadores de necessidades especiais, pois a impressão que passa para grande parte da sociedade, é que estas pessoas vivem num universo à parte do mundo, quando na verdade, querem ser e são pessoas normais com direito de ir e vir e, principalmente com todo o direito à acessibilidade como qualquer pessoa que pode escolher para onde vai e o que precisa fazer nas atividades diárias.

O promotor de Justiça e Cidadania, Alexandre Guedes, falou da importância do comprometimento dos gestores com as questões discutidas, que segundo ele, deixa a desejar. Enfatizou que tal situação precisa ser revertida, pois antes de tudo isso é necessário entender, que os direitos dos deficientes estão inseridos na dignidade que todos precisam ter, independente de ser portador ou não de necessidade especial, mas principalmente, "como pessoa humana". Denominou como "ilegais" as barreiras enfrentadas pelos deficientes da Capital e disse que é necessária a criação de um Fórum Permanente de discussões destas questões, para a implementação das leis já existentes e também de novas políticas públicas.

"Ninguém sobrevive no gueto. O deficiente ama, quer namorar, ir ao baile e precisa de um sistema que respeite as diferenças", completa.

Para o secretário da SMTU, Oscar Soares Martins, o problema precisa ser visto de forma geral, pois as responsabilidades não devem ser apenas do município, mas também dos gestores do Estado e, principalmente do Governo Federal, pois segundo ele, as barreiras dos deficientes são generalizadas, ou seja, existem em todo o país.





Fonte: Da Assessoria

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