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Cidades/Geral
Sexta - 19 de Maio de 2006 às 08:49

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Além de supostas fraudes nas compras de ambulâncias, prefeituras do Rio envolvidas na Operação Sanguessuga - realizada pela Polícia Federal contra esquema de compra de ambulâncias superfaturadas através de emendas no orçamento federal - também estão sendo acusadas de descaso com o dinheiro público.

Auditorias da Controladoria Geral da União (CGU), nos oito municípios do estado onde foram constatadas irregularidades na aplicação de emendas parlamentares, mostraram que, em vários casos, prefeitos usaram o dinheiro em investimentos financeiros que deram prejuízo. As prefeituras também não fiscalizaram os veículos comprados. Muitos foram entregues fora da especificação e sem equipamentos.

Em Santa Maria Madalena, por exemplo, a prefeitura pagou por uma ambulância modelo 2003, mas recebeu uma 2002. Os pneus e a potência do motor também estavam fora das especificações. A prefeitura ainda deixou os R$ 80 mil recebidos em um fundo de investimento que deu prejuízo de R$ 1,7 mil. A CGU constatou irregularidades em compras de ambulâncias em 60 municípios do País.

Os resultados das auditorias foram encaminhados à Polícia Federal. Do Rio, foram denunciadas as prefeituras de Itatiaia, Barra do Piraí, Três Rios, Santa Maria Madalena, São João de Meriti, Mendes, Nova Friburgo e Saquarema.

Empresas investigadas pela polícia Quase todos os processos de compra de ambulâncias analisados pelos auditores da Controladoria Geral da União (CGU), nos oito municípios do Rio, tiveram a participação de empresas que estão sendo investigadas pela Polícia Federal (PF) na Operação Sanguessuga. O esquema, que manipulava emendas parlamentares, pode ter desviado mais de R$ 100 bilhões em todo o País, de acordo com as investigações iniciais da PF.

As auditorias mostraram que empresas que têm os mesmos donos chegaram a disputar entre si licitações nas prefeituras. Para burlar a fiscalização, as administrações municipais usaram o artifício de realizar as compras através de cartas-convite, processo licitatório que permite a escolha das firmas participantes.

Em Barra do Piraí, de acordo com os auditores da CGU, todas as empresas participantes das licitações tinham ligação entre si. Em Saquarema, a prefeitura fez três tomadas de preço no mesmo dia, em horários intercalados, com a participação de apenas uma empresa. Para a CGU, as compras deveriam ser feitas através de uma única licitação.





Fonte: O Dia

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