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Agentes facilitaram fuga do ex-soldado Célio Alves da prisão
Três agentes prisionais facilitaram a fuga do ex-soldado da Polícia Militar Célio Alves de Souza pela porta da frente da Unidade Prisional Pascoal Ramos, no dia 24 de julho de 2005, em Cuiabá. Essa é a conclusão da Comissão de Sindicância da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), publicada no Diário Oficial de ontem.
Os agentes prisionais Lenildo Arruda Zark e Eliezer Vitorino da Silva são apontados como os homens que deixaram os portões abertos para o preso passar. Já Augusto Alexandre de Barros Santa Rita é acusado de omissão por ter visto o preso sair e não ter feito nada. Os três estão afastados de suas funções por crime de negligência.
A sindicância foi presidida pelo capitão da Polícia Militar Císano de Oliveira Barbosa e feita com auxílio de dois membros.
Como a conclusão indicou facilitação, a Sejusp determinou que seja instaurado processo administrativo disciplinar para investigar se os acusados receberam dinheiro para auxiliar na fuga.
O delegado Geraldo Magela será o responsável pelo procedimento, que tem prazo de 60 dias para a conclusão, mas pode pedir prorrogação de mais 60 dias.
Os agentes também terão que passar por uma nova avaliação psicológica, terão que voltar para a escola do governo e ficar sem os distintivos e algemas. Ao final do procedimento, se forem considerados culpados, poderão ser demitidos.
Sem conclusão
O inquérito policial que investiga a fuga não foi concluído e o delegado responsável, Clocy Hugueney, afirma que não existe prazo. O inquérito continua no fórum da capital.
O presidente da sindicância explica que como não é possível aos condutores de procedimentos administrativos manipular dados do sistema bancário, para chegar à conclusão sobre a demissão, Magela terá que aguardar o fim do inquérito.
Célio é condenado a 56 anos e seis meses de prisão pelas mortes do jornalista e empresário Sávio Brandão, fundador da Folha do Estado, do sargento da PM José Jesus de Freitas e de dois seguranças. Ele fugiu numa tarde de domingo, após o horário de visitas e depois de passar por quatro portões e pular o muro com o auxílio de uma corda artesanal.
Uma picape o aguardava do lado de fora do presídio. O delegado que investiga a fuga solicitou uma simulação de como Célio pode ter deixado o local.
Pistoleiro imitou ex-cabo Hércules
Célio Alves de Souza repetiu os passos de Hércules de Araújo Agostinho, pistoleiro que confessou ter matado várias pessoas em companhia dos ex-soldado, a mando do crime organizado. Hércules fugiu da Pascoal Ramos no dia 1º de maio de 2003. Para fugir, ele também contou com colaboração de agentes prisionais. Conseguiu as chaves dos portões, os abriu e deixou a unidade às 3 horas.
Ao sair de sua cela, ele abriu outra porta que trancava a ala, passou por uma sala onde nove agentes dormiam, conforme depoimento que prestaram à Justiça. Depois, Hércules encontrou três, dos quatro carcereiros que estariam acordados e os rendeu com uma “arma”, que, se descobriu, imitava uma pistola feita de papelão. Ele deixou a unidade pela porta dos fundos, vestindo uma camiseta de agente prisional.
Os agentes prisionais Lenildo Arruda Zark e Eliezer Vitorino da Silva são apontados como os homens que deixaram os portões abertos para o preso passar. Já Augusto Alexandre de Barros Santa Rita é acusado de omissão por ter visto o preso sair e não ter feito nada. Os três estão afastados de suas funções por crime de negligência.
A sindicância foi presidida pelo capitão da Polícia Militar Císano de Oliveira Barbosa e feita com auxílio de dois membros.
Como a conclusão indicou facilitação, a Sejusp determinou que seja instaurado processo administrativo disciplinar para investigar se os acusados receberam dinheiro para auxiliar na fuga.
O delegado Geraldo Magela será o responsável pelo procedimento, que tem prazo de 60 dias para a conclusão, mas pode pedir prorrogação de mais 60 dias.
Os agentes também terão que passar por uma nova avaliação psicológica, terão que voltar para a escola do governo e ficar sem os distintivos e algemas. Ao final do procedimento, se forem considerados culpados, poderão ser demitidos.
Sem conclusão
O inquérito policial que investiga a fuga não foi concluído e o delegado responsável, Clocy Hugueney, afirma que não existe prazo. O inquérito continua no fórum da capital.
O presidente da sindicância explica que como não é possível aos condutores de procedimentos administrativos manipular dados do sistema bancário, para chegar à conclusão sobre a demissão, Magela terá que aguardar o fim do inquérito.
Célio é condenado a 56 anos e seis meses de prisão pelas mortes do jornalista e empresário Sávio Brandão, fundador da Folha do Estado, do sargento da PM José Jesus de Freitas e de dois seguranças. Ele fugiu numa tarde de domingo, após o horário de visitas e depois de passar por quatro portões e pular o muro com o auxílio de uma corda artesanal.
Uma picape o aguardava do lado de fora do presídio. O delegado que investiga a fuga solicitou uma simulação de como Célio pode ter deixado o local.
Pistoleiro imitou ex-cabo Hércules
Célio Alves de Souza repetiu os passos de Hércules de Araújo Agostinho, pistoleiro que confessou ter matado várias pessoas em companhia dos ex-soldado, a mando do crime organizado. Hércules fugiu da Pascoal Ramos no dia 1º de maio de 2003. Para fugir, ele também contou com colaboração de agentes prisionais. Conseguiu as chaves dos portões, os abriu e deixou a unidade às 3 horas.
Ao sair de sua cela, ele abriu outra porta que trancava a ala, passou por uma sala onde nove agentes dormiam, conforme depoimento que prestaram à Justiça. Depois, Hércules encontrou três, dos quatro carcereiros que estariam acordados e os rendeu com uma “arma”, que, se descobriu, imitava uma pistola feita de papelão. Ele deixou a unidade pela porta dos fundos, vestindo uma camiseta de agente prisional.
Fonte:
Folha do Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/300236/visualizar/
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