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Internacional
Quinta - 18 de Maio de 2006 às 23:00

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O presidente George W. Bush chegou hoje ao Arizona para verificar pessoalmente a situação na fronteira com o México, enquanto o Senado americano continua o debate sobre uma reforma migratória integral.

O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, deixou claro que o Governo apóia a construção de um muro de 595 quilômetros na fronteira com o México. A declaração foi dada no avião presidencial, o "Air Force One", que levava Bush à pequena cidade de Yuma, na fronteira com o país latino-americano.

Bush "não acredita que se deva construir uma barreira ao longo de toda a fronteira (de mais de 3000km). Porém, como ele disse na noite de segunda-feira, há lugares onde as barreiras podem perfeitamente ser construídas", explicou Snow "Não acredito que alguém tenha proposto seriamente a construção de uma muralha ao longo de toda a fronteira", acrescentou.

Segundo Snow, o presidente "tentará adequar a segurança para cada local. Algumas regiões terão barreiras e outras terão agentes da Patrulha Fronteiriça. Nas grandes áreas, como desertos ou regiões de floresta, serão empregadas técnicas de vigilância". A viagem do presidente coincide com o intenso debate no Senado em uma tentativa de aprovar uma exaustiva reforma migratória até o fim da próxima semana.

O projeto de lei do Senado combina medidas de segurança mais duras com uma forma de regularizar os imigrantes que vivem há mais tempo no país, além da criação de um programa para trabalhadores temporários.

Junto com a emenda sobre o muro, nas últimas 24 horas os senadores aprovaram outras iniciativas para proibir a regularização dos imigrantes ilegais que tenham antecedentes criminais.

Os legisladores também aprovaram uma outra proposta, segundo a qual os imigrantes que participem de um programa de trabalhadores temporários poderiam solicitar o visto permanente a partir do quarto ano de participação no programa.

Com isso, os imigrantes não precisariam pedir aos empregadores que solicitem o visto por eles.

Na segunda-feira, Bush fez um pronunciamento à nação, no qual propôs uma série de medidas para diminuir a imigração ilegal, entre elas o envio temporário de 6.000 soldados da Guarda Nacional à fronteira.

Os soldados desempenharão tarefas de apoio à Patrulha Fronteiriça até que o órgão de vigilância da fronteira forme outros 6.000 agentes.

Nesta quinta-feira, a Casa Branca pediu uma verba extraordinária de US$ 1,948 bilhão ao Congresso para custear o destacamento temporário e a formação dos primeiros mil novos agentes da Patrulha.

Além disso, esse fundo deve permitir a compra de dois aviões de vigilância não tripulados e cinco helicópteros para a Patrulha Fronteiriça, assim como a construção de cercas e de outras barreiras físicas para reforçar a segurança na fronteira.

Durante sua viagem a Yuma, Bush visitou uma base de comunicações onde soldados da Guarda Nacional já desenvolvem tarefas de apoio à Patrulha Fronteiriça.

O presidente também conversou com agentes da Patrulha sobre as impressões destes acerca da situação atual.

Entre outros motivos, Yuma foi escolhida para a visita presidencial porque a cidade é o símbolo da situação que Bush descreve com freqüência ao falar do problema migratório - estrangeiros com vontade de trabalhar e empregadores necessitados da mão-de-obra.

A economia da cidade depende enormemente da agricultura, e os fazendeiros locais contratam imigrantes ilegais a baixo custo para as colheitas.





Fonte: EFE

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