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Cidades/Geral
Quinta - 18 de Maio de 2006 às 07:08
Por: Silvana Ribas

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Trabalhadores e empresários do transporte coletivo da Grande Cuiabá não chegaram a um acordo e portanto a greve continua e entra no quarto dia. Com isso continua o transtorno na vida dos 240 mil passageiros da região metropolitana que vão enfrentar mais uma vez a frota reduzida em 60% nos horários de pico e de 30% nos horários em que o movimento de passageiros cai. Na primeira reunião de conciliação e instrução, realizada ontem ao final da tarde no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), patrões e empregados não fizeram acordo e o dissídio coletivo irá a julgamento no TRT em cerca de 20 dias úteis.

Após mais de uma hora tentando o entendimento entre as partes, o juiz João Carlos Ribeiro de Souza encerrou a audiência às 19h. Agora os dois dissídios coletivos, um ajuizado pelo Sindicato dos Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Estado (STU) e outro pelo Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores de Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá e Região seguem para o parecer do Ministério Público do Trabalho e, em seguida, voltam ao TRT para serem distribuídos a um dos juízes que compõem o Pleno do Tribunal e que passa a ser o relator do dissídio. Concluída a análise do relator e revisor, os processos vão a julgamento no Pleno do TRT. A previsão é que, após a distribuição, os processos entrem na pauta de julgamento. A decisão final dos dissídios é chamada de sentença normativa, tem peso de lei e validade de um ano.

A decisão de manter a greve foi tomada pelos trabalhadores, que se reuniram em assembléia depois da reunião do TRT. Depois de 1h30 de exposição e debates, a categoria estava dividida. Um grupo queria aguardar a decisão da Justiça voltando ao trabalho. Mas na opinião do secretário de Finanças dos trabalhadores, Francisco Jardim Mello, a frustração que a categoria amargou durante a greve do ano passado, em que os empresários recorreram da decisão do pleno e o reajuste foi reduzido de 8% para 6,4%, contribuiu para a decisão de ontem, de manter a greve para que os patrões não sejam tão duros na negociação. O secretário de Transporte de Cuiabá, Oscar Soares, disse que vai acompanhar de perto o cumprimento da liminar sobre a frota mínima circulante.





Fonte: A Gazeta

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