Ano letivo pode ser prejudicado por atraso salarial de educadores
A situação da Educação em Várzea Grande está pior que em Cuiabá. Enquanto na Capital, os professores lutam pelo reajuste salarial de 5,8% prometido pelo prefeito Mauro Mendes (PSB) durante a campanha eleitoral, na cidade vizinha os docentes reivindicam o pagamento dos salários atrasados. O magistério ainda não recebeu o mês de dezembro, as férias e parte do 13º e não há nem previsão para verem a cor do dinheiro referente a janeiro.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep) de Várzea Grande deu prazo ao prefeito Walace Guimarães (PMDB) para que apresente cronograma de pagamento. Se o cronograma não for apresentado até o dia 6 fevereiro, dia de reunião do Conselho de Representantes do Sintep, o ano letivo pode não iniciar. “Ainda não há indicativo de greve, mas esta é uma proposta que será discutida nesta reunião”, afirmou a secretária de formação do Sintep, Vânia Maria Rodrigues Miranda.
O secretário municipal de Educação Jonas da Silva afirmou que pretende pagar o salário de dezembro nesta semana. Entretanto, confessa que até o momento não há dinheiro em caixa suficiente para pagar a todos. “Temos R$ 2,6 milhões e o total da folha é de R$ 4,5 milhões. Esperamos que até quinta-feira (31) tenhamos o valor que precisamos”, informa.
Quanto ao restante da dívida, Jonas não dá previsão para ser quitada. “Não há como estabelecer datas sem ter arrecadado esses recursos. Nós recebemos a gestão com os caixas zerados e não há como fazer milagres”, concluiu o secretário.
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