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Cidades/Geral
Quarta - 17 de Maio de 2006 às 07:07
Por: Joanice de Deus

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A população de Cuiabá e Várzea Grande enfrentou na terça-feira o segundo dia de greve dos trabalhadores do sistema de transporte coletivo. Ontem foi cumprida a liminar da Justiça de Trabalho que determinou a manutenção da frota mínima de 60% nos horários de pico e 30% nos demais períodos.

Entretanto ônibus também foram depredados. O quebra-quebra aconteceu por volta das 8 horas, no terminal de integração André Maggi, em Várzea Grande, onde ônibus da empresa Garça Branca, que faz o intermunicipal, tiveram os vidros quebrados.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Terrestre (Stett), Ledevino Conceição, o problema teria ocorrido porque a União Transportes, empresa que faz as linhas municipais na cidade, teria colocado 100% da frota, enquanto o sistema intermunicipal estava operando com apenas 60%, conforme foi determinado pela justiça. “Os ônibus não conseguiram transportar todos os usuários, gerando o tumulto”, disse.

No final da tarde da última segunda-feira, a Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU) ajuizou no Tribunal Regional do Trabalho 23ª Região (TRT) pedido de dissídio coletivo, que será analisado pelo juiz João Carlos Ribeiro de Souza. A MTU pede ainda que a greve seja considerada abusiva.

Sobre o dissídio, Ledevino Conceição disse que espera que seja analisado o mais rápido possível para que a população não seja ainda mais prejudicada. Em caso de descumprimento da liminar, a Justiça estabeleceu multa diária de R$ 5 mil.

Os trabalhadores reivindicam a redução da jornada de trabalho de 7h20 para 6 horas diárias, proibição de horas extras, pagamento do adicional de penosidade ou insalubridade de 30% sobre o salário, plano de saúde sem ônus para o empregado, manutenção dos direitos já conquistados e reajuste de 15%. Atualmente, o salário de um motorista é de R$ 1.037. Já o cobrador ganha R$ 750.

A última proposta feita pelos empresários e rejeitada pela categoria consistiu em redução da carga horária para 6 horas diárias, 2% do valor do plano de saúde, que deverá ser administrado pelo sindicato, e reajuste salarial de 4,5% de acordo com o INPC.

No final da tarde, os grevistas realizaram nova assembléia para avaliar o movimento.





Fonte: Diário de Cuiabá

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