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Internacional
Terça - 16 de Maio de 2006 às 20:30

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Rios de lava saíram do vulcão indonésio Merapi esta manhã, mas as nuvens tóxicas diminuíram pela metade, informou hoje a agência de notícias local "Antara".

A lava não alcançou nenhuma área habitada da montanha, considerada sagrada por muitos moradores da região. Dezenas de pessoas mantiveram sua rotina, ignorando a ordem de evacuação e a persistente chuva de cinzas que vem caindo sobre suas aldeias nos últimos dias.

Os habitantes que continuam nas encostas do Merapi organizaram orações e oferendas coletivas ao vulcão para aplacar sua ira, em vez de se dirigirem aos campos de refugiados habilitados pelo Governo.

Garibaldi Sujatmiko, um porta-voz presidencial, anunciou que o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, vai à região nos próximos dias para tentar convencer os moradores a descer da montanha.

O Merapi está em alerta máximo desde sábado. Os vulcanólogos temem que parte da lava e do material magmático expelido e sedimentado perto da cratera acabe cedendo e expulsando fluxos piroclásticos letais (uma mistura de gases, pó e fragmentos de lava incandescente). No entanto, é impossível prever se isso vai acontecer.

Durante a erupção de 1994, mais de 50 pessoas morreram, vítimas de nuvens vulcânicas tórridas, que atingiram temperaturas acima de mil graus centígrados.

O Merapi, de 2.911 metros de altitude, está situado no centro da ilha de Java e é um dos vulcões indonésios mais jovens. Os especialistas consideram normal que haja erupções menores a cada dois ou três anos e uma de grande porte a cada 10 ou 15.

Desde 1548 o vulcão entrou em erupção 70 vezes. A pior delas foi em 1930, quando morreram mais de 1.300 pessoas.





Fonte: 24Horas News

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