Parreira diz que confia em Adriano na "hora da pressão"

Sempre coerente com seu discurso, o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, disse não se preocupar com a má fase do atacante Adriano na Inter de Milão porque confia em sua recuperação na hora da pressão.

O treinador valoriza muito mais os serviços prestados à equipe nacional do que o momento que o jogador passa.

"Você conhece as pessoas nos grandes momentos da vida, na hora da pressão. Na Copa América e na Copa das Confederações, quando precisamos do Adriano, ele estava lá", disse Parreira.

Segundo o treinador, o atacante deverá chegar ao torneio alemão muito motivado. "Tenho certeza de que ele vai estar com muita determinação."

Nas eliminatórias da Copa, Adriano entrou em campo nove vezes e marcou seis gols --foi vice-artilheiro do Brasil, atrás de Ronaldo, com dez.

Na conquista da Copa América-2004, o jogador da Inter foi o melhor jogador do Brasil e artilheiro da competição, com sete gols.

Sua atuação foi decisiva na final, quando marcou o gol de empate por 2 a 2 com a Argentina nos acréscimos --o Brasil venceu nos pênaltis por 4 a 2.

A confiança de Parreira no atleta é tanta que ele está confirmado na equipe titular para a estréia na Copa.

Nesta segunda, durante a convocação definitiva para o Mundial, o técnico afirmou que manterá o quadrado mágico com o qual jogou a última rodada das eliminatórias, contra a Venezuela --Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo.

"Não há motivo para mudar", disse.

A apresentação dos convocados está prevista para a próxima segunda-feira, na cidade de Weggis, na Suíça, onde o time fará sua preparação.

No dia 30 de maio, o treinador fará um primeiro teste com o time que deverá estrear na competição alemã em um amistoso contra a seleção da Lucerna, na Basiléia, Suíça.

O segundo e último amistoso da seleção antes de sua estréia no Mundial-2006 será contra a Nova Zelândia, em Genebra, no dia 4 de junho. O Brasil, que faz parte do Grupo F, estréia na Copa no dia 13 de junho, contra a Croácia, em Berlim. Japão e Austrália completam a chave.