Prefeitura apóia movimento dos produtores em Sorriso
O decreto considera a audiência dos Governadores Estaduais, representantes do movimento e lideranças da sociedade com a Presidência da República, nesta terça-feira, em Brasília, além do comprometimento do poder público municipal com as atividades produtivas do Município e da Região, aliado ao gesto de solidariedade, de apoio e o intercâmbio entre os Municípios do Estado, articulados pela AMM – Associação Mato-Grossense dos Municípios.
Na semana passada, o governador Blairo Maggi, acompanhado de inúmeras autoridades, entre elas o prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato, visitou nos últimos dias o local em que os produtores rurais de Sorriso concentram as manifestações do Grito do Ipiranga, na BR 163, em frente ao Posto 2000.
Durante o manifesto, Maggi destacou o seu apoio ao protesto da classe agrícola e criticou o governo Lula. Ao falar sobre o movimento que acontece hoje, dia 16, Maggi observou a significativa queda da arrecadação do Estado. “O movimento que começou na região já é nacional’.
Uma comitiva de governadores estará reunida hoje a tarde em Brasília com ministros, senadores, deputados federais e lideranças da agricultura, na tentativa de saber do presidente as alternativas que podem ser tomandas. Em Sorriso, a prefeitura apóia o movimento e além de manter expediente interno, conforme decreto, marca presença na manifestação, por meio de funcionários e equipe administrativa.
Segundo Blairo, apesar da insensibilidade do presidente Lula ao agronegócio, o que pode acelerar as negociações e resultar em fatos concretos é a adesão de outros setores econômicos aos protestos dos produtores. “Precisamos que toda a população brasileira marque presença e seja parceira do movimento. Esta não é uma crise única e exclusivamente do setor do agronegócio, mas sim de diferentes setores”, disse ele, ao observar: “Se não há produção, não há comércio, e se não há comércio, não há estado, portanto precisamos do apoio de todos”.
Para o prefeito Dilceu Rossato é necessário evoluirmos nas negociações. “Não podemos parar, mas devemos estar unidos em prol de um mesmo objetivo, e fazermos um movimento pacífico”.
De acordo com o produtor Argino Bedin, que durante o encontro com o governador representou a classe produtora, o momento é difícil e de muito trabalho. “Não queremos prejudicar ninguém, somente queremos conquistar o direito que temos de continuar produzindo, e produzindo para todos”.
Homero Pereira, presidente da Famato, disse na ocasião que o movimento contagiou todo o Brasil. “A indignação hoje não é só do produtor, mas sim de toda a sociedade brasileira. A iniciativa é corajosa e estamos atuando em defesa de nosso Estado”.
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