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Terça - 16 de Maio de 2006 às 07:28
Por: Silvana Ribas

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A greve dos motoristas e cobradores de ônibus continua hoje, mesmo com a determinação da Polícia Militar em garantir a circulação da frota mínima de 60% em horários de pico e 30% nos intervalos. A decisão foi anunciada ontem pelos trabalhadores em uma assembléia que se encerrou às 19h30. A categoria disse que vai manter a decisão de impedir a circulação da frota de 530 coletivos que atendem Cuiabá e Várzea Grande, além dos 82 microônibus que atuam no transporte alternativo da Capital. Os trabalhadores decidiram assumir o ônus da multa diária de R$ 5 mil pelo descumprimento da liminar da Justiça do Trabalho.

O primeiro dia da greve dos trabalhadores do transporte coletivo na região metropolitana deixou só na Capital 240 mil passageiros sem ônibus. Os alternativos também deixaram de circular nas primeiras horas da manhã, depois que grevistas pararam os veículos, furaram pneus de pelo menos 35 deles e obrigaram motoristas e passageiros a descerem antes de completar o percurso.

O tenente-coronel PM Adarildo Moraes, do Comando Regional da Capital, disse que hoje a Polícia Militar vai intervir, buscando o cumprimento da liminar da Justiça do Trabalho. O efetivo será colocado na saída das empresas para dar segurança aos motoristas que decidirem trabalhar. PMs também serão colocados nos principais corredores de circulação da cidade.

O diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano e Terrestre de Mato Grosso, Francisco Jardim de Mello, disse que a categoria não quer conflitos com a polícia. Vai apenas exercer o direito de greve. Se propõe a pagar a multa, mas não pretende deixar nenhum coletivo circular, inclusive os alternativos.

"Se cumprirmos a liminar colocando 60% da frota na rua a greve acaba". Os trabalhadores, lembra Jardim, ainda não conseguiram receber os R$ 90 de periculosidade nos salários da campanha salarial passada, graças a recurso dos patrões que ainda não foi julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Com o recurso o reajuste de 8% caiu para 6,4%, informa o sindicalista.





Fonte: A Gazeta

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