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Terça - 16 de Maio de 2006 às 07:13
Por: Natacha Wogel

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de justiça para verificar se os grevistas estariam cumprindo a decisão de manter 30% da frota de ônibus em funcionamento durante o movimento, conforme determinou na quinta-feira. A informação foi repassada pela assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (MTU), que informou à Justiça sobre o descumprimento promovido por motoristas e cobradores, ao impedirem que aqueles que iriam trabalhar saíssem das garagens.

“Já noticiei, com provas, o Poder Judiciário para que tome as providências e exija o cumprimento da manutenção da frota mínima de 30%. Sobre as negociações, não há mais. Já entrei com o dissídio coletivo para cumprir o que a lei assegura. Somos obrigados a fazer o que está previsto em lei. O que não está, não temos obrigação de assegurar”, informou Pedro Verão, advogado do MTU.

Conforme o sindicato patronal, ontem pela manhã todos os ônibus estavam prontos nas garagens para saírem, pelo menos os 30% determinados pela Justiça, mas a atividade foi impedida pelos manifestantes, que contaram com a falta de policiamento na cidade. Segundo a assessoria de imprensa do MTU, o apoio que havia sido garantido pela polícia para que os ônibus circulassem foi aquém do esperado.

A MTU também divulgou uma nota informando que a ação dos manifestantes causou a depredação de dois ônibus da empresa Princesa do Sol e pneus de mais 42 outros ônibus e microônibus foram furados. Segundo o sindicato patronal, a decisão proferida pelo juiz ontem também solicitou que o oficial de justiça observasse a existência de ônibus depredados e que os órgãos fiscalizadores de Cuiabá e Várzea Grande devem entregar diariamente ao Tribunal Regional do Trabalho um relatório sobre a situação do movimento grevista.

Para não cumprir a decisão judicial anunciada na quinta-feira, os manifestantes alegaram que a Secretaria Municipal de Transito e Transportes não teria estabelecido a escala de manutenção da frota mínima, como determinado em juízo. “A SMTU e as empresas têm que cumprir a parte delas e deixar a escala de greve antecipadamente, com a quantidade certa de carros que sairiam. Isso não aconteceu. Eles preferiram colocar a polícia atrás de nós como se fossemos criminosos e não trabalhadores”, alegou o secretário de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo, Olmir Justino Fêo.

O secretário de Trânsito e Transportes, Oscar Martins, ao contrário do que informou a categoria, disse que a escala já estava feita antes do início do movimento. “As empresas estão com os ônibus prontos para sair. Eles alegam que estavam sem escala, mas o notificamos hoje à tarde para não haver nenhuma alegação desse tipo. Fizemos a notificação para que eles saibam que têm que cumprir o que está determinado pela Justiça, porque quem não pode ser penalizado é a sociedade”, comentou.

Para os representantes dos usuários, o empasse entre trabalhadores e patrões não deve prejudicar a população conforme está acontecendo agora. “Eles têm todo o direito de greve e nós respeitamos, mas têm que manter o mínimo de ônibus funcionando para atender a sociedade”, comentou a presidente da Associação de Usuários do Transporte Coletivo de Mato Grosso, Marleide Carvalho.





Fonte: Diário de Cuiabá

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