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Ataques continuam e mortos já chegam a 81 em São Paulo
O número de mortos nos ataques do crime organizado deflagrados contra alvos policiais e civis subiu para 81 no Estado de São Paulo nesta segunda-feira, dia em que a população acordou amedrontada e sem transporte com a escalada de queima de ônibus.
Entre os mortos, há 39 policiais, agentes penitenciários e guardas municipais, 4 cidadãos e 38 criminosos suspeitos, segundo balanço divulgado nesta tarde pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Até domingo, 23 suspeitos haviam morrido em confrontos.
No total, desde a noite de sexta-feira, foram registrados 180 ataques contra alvos policiais e civis, inclusive contra agências bancárias. Além disso, há 45 rebeliões em andamento no Estado, informou a Secretaria de Administração Penitenciária.
Apesar da oferta de ajuda do governo federal, com homens da Força Nacional de Segurança, o diretor do Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic), delegado Godofredo Bittencourt, disse que no momento não se faz necessária.
"O ministro diz estar preocupado e, com toda razão, ele está preocupado, mas não há necessidade, no momento nós não estamos precisando de nada", afirmou em entrevista à imprensa. "A polícia de SP está assegurando, vai segurar, vai chegar ao final de tudo isso, é questão de tempo", disse.
ÔNIBUS QUEIMADOS
Desde a tarde de domingo, ônibus passaram a ser alvo de ataques e, segundo a secretaria, 56 ônibus foram incendiados. Mais cedo a SPTrans havia informado que 65 desses veículos foram queimados no Estado.
"Cadê a organização do nosso país? Quem realmente manda? As pessoas ficam perdidas", disse a manicure Nanci Rocha, 33 anos. Após ficar sem transporte no Terminal Santo Amaro, zona sul da cidade, ela contou que foi buscar as filhas na escola porque estava com medo. "De jeito nenhum ia deixar minhas meninas sozinhas na rua."
Sete empresas de ônibus recolheram todos seus carros nesta manhã, e outras duas operavam apenas parcialmente. Ao todo, 2.683 ônibus não estavam circulando nesta manhã. Apesar dos pontos de ônibus amanhecerem lotados, a situação no começo da tarde era mais tranquila.
Houve ainda ataques a pelo menos 13 agências bancárias na Grande São Paulo, segundo levantamento parcial do Sindicato dos Bancário de São Paulo, e a dois postos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfico), segundo informações preliminares da polícia. Não houve registro de feridos.
A Secretaria de Educação do Estado informou que não houve toque de recolher nas escolas, mas registrou cerca de 30 por cento de ausência dos alunos na zona sul devido à falta de transporte.
A série de ações violentas deflagrada na noite de sexta-feira, que inicialmente atingiram delegacias, viaturas policiais, bases comunitárias e mesmo policiais à paisana é uma reação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) à transferência de líderes da organização para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (a 620 km da capital), complexo de segurança máxima idealizado para abrigar os membros do PCC.
Entre os 765 detentos transferidos estava Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o principal chefe do grupo.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos anunciou que vai negociar pessoalmente com o governador Cláudio Lembo (PFL), às 18h, o envio de até 4 mil homens da Força Nacional de Segurança para ajudar a contornar a crise.
"Reiteramos nosso oferecimento de prestar toda a solidariedade para debelar essa crise", disse Bastos, segundo quem o Palácio do Planalto não tem nenhum "plano mirabolante" para resolver a crise de segurança.
O encontro marcará a terceira tentativa do governo federal de enviar a São Paulo a Força Nacional de Segurança, um grupo de elite formado pela Polícia Militar de todos os Estados e treinado pela Polícia Federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo Bastos, também ofereceu ajuda ao Mato Grosso do Sul, que enfrenta rebeliões em presídios estaduais.
Entre os mortos, há 39 policiais, agentes penitenciários e guardas municipais, 4 cidadãos e 38 criminosos suspeitos, segundo balanço divulgado nesta tarde pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Até domingo, 23 suspeitos haviam morrido em confrontos.
No total, desde a noite de sexta-feira, foram registrados 180 ataques contra alvos policiais e civis, inclusive contra agências bancárias. Além disso, há 45 rebeliões em andamento no Estado, informou a Secretaria de Administração Penitenciária.
Apesar da oferta de ajuda do governo federal, com homens da Força Nacional de Segurança, o diretor do Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic), delegado Godofredo Bittencourt, disse que no momento não se faz necessária.
"O ministro diz estar preocupado e, com toda razão, ele está preocupado, mas não há necessidade, no momento nós não estamos precisando de nada", afirmou em entrevista à imprensa. "A polícia de SP está assegurando, vai segurar, vai chegar ao final de tudo isso, é questão de tempo", disse.
ÔNIBUS QUEIMADOS
Desde a tarde de domingo, ônibus passaram a ser alvo de ataques e, segundo a secretaria, 56 ônibus foram incendiados. Mais cedo a SPTrans havia informado que 65 desses veículos foram queimados no Estado.
"Cadê a organização do nosso país? Quem realmente manda? As pessoas ficam perdidas", disse a manicure Nanci Rocha, 33 anos. Após ficar sem transporte no Terminal Santo Amaro, zona sul da cidade, ela contou que foi buscar as filhas na escola porque estava com medo. "De jeito nenhum ia deixar minhas meninas sozinhas na rua."
Sete empresas de ônibus recolheram todos seus carros nesta manhã, e outras duas operavam apenas parcialmente. Ao todo, 2.683 ônibus não estavam circulando nesta manhã. Apesar dos pontos de ônibus amanhecerem lotados, a situação no começo da tarde era mais tranquila.
Houve ainda ataques a pelo menos 13 agências bancárias na Grande São Paulo, segundo levantamento parcial do Sindicato dos Bancário de São Paulo, e a dois postos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfico), segundo informações preliminares da polícia. Não houve registro de feridos.
A Secretaria de Educação do Estado informou que não houve toque de recolher nas escolas, mas registrou cerca de 30 por cento de ausência dos alunos na zona sul devido à falta de transporte.
A série de ações violentas deflagrada na noite de sexta-feira, que inicialmente atingiram delegacias, viaturas policiais, bases comunitárias e mesmo policiais à paisana é uma reação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) à transferência de líderes da organização para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (a 620 km da capital), complexo de segurança máxima idealizado para abrigar os membros do PCC.
Entre os 765 detentos transferidos estava Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o principal chefe do grupo.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos anunciou que vai negociar pessoalmente com o governador Cláudio Lembo (PFL), às 18h, o envio de até 4 mil homens da Força Nacional de Segurança para ajudar a contornar a crise.
"Reiteramos nosso oferecimento de prestar toda a solidariedade para debelar essa crise", disse Bastos, segundo quem o Palácio do Planalto não tem nenhum "plano mirabolante" para resolver a crise de segurança.
O encontro marcará a terceira tentativa do governo federal de enviar a São Paulo a Força Nacional de Segurança, um grupo de elite formado pela Polícia Militar de todos os Estados e treinado pela Polícia Federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo Bastos, também ofereceu ajuda ao Mato Grosso do Sul, que enfrenta rebeliões em presídios estaduais.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/300898/visualizar/
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