Washington proíbe venda de armas à Venezuela por não-cooperação

Os Estados Unidos proibiram a venda de armas à Venezuela devido a sua falta de cooperação na luta contra o terrorismo, informaram fontes do Departamento de Estado. A proibição inclui todo tipo de vendas militares e de tecnologia e armamento americanos de outras nações a Caracas.

A medida anunciada hoje estende uma prática desenvolvida nos últimos meses pelos EUA de opor-se às vendas feitas por terceiros países à Venezuela de armamento com tecnologia americana, como é o caso do Brasil e da Espanha.

A medida indica que as relações entre os dois países então em seu pior nível em décadas, após vários anos de enfrentamento político entre Caracas e Washington depois da chegada ao poder do presidente Hugo Chávez.

As mesmas fontes, que pediram anonimato, destacaram a preocupação dos Estados Unidos com a estreita relação de Caracas com Havana e Teerã, dois países que os EUA considera que apóiam o terrorismo.

Além disso, destacaram o fato de que Venezuela oferece, na sua opinião, refúgio ao Exército de Libertação Nacional (ELN) e às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), ambos considerados pelos EUA como organizações terroristas.

Chávez chegou a se referir ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, como "terrorista" e criticou fortemente a Guerra do Iraque.

O congressista republicano Pete Hoekstra destacou, após a divulgação da notícia, que "a hostilidade mostrada pelo Governo venezuelano em direção aos EUA, junto a seus esforços para semear o totalitarismo, às custas dos venezuelanos, deveria ser alarmante para todos".