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Internacional
Segunda - 15 de Maio de 2006 às 17:55

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Secretários de Segurança Pública de todo o país estarão reunidos nessa terça-feira (16), em Brasília, em reunião extraordinária do Colégio Nacional de Segurança Pública (Consep). Na pauta, os ataques contra o sistema de Segurança Pública em São Paulo, o reflexo nos demais Estados e a política do governo federal que vem, a cada ano, cortando recursos na área de segurança.

“O governo federal vem promovendo um contingenciamento, e diminuindo drasticamente os repasses de recursos da União para os estados. Vamos cobrar do governo federal uma priorização de investimentos em segurança que, no nosso caso (Mato Grosso) só tem sido mantido graças a priorização do Governo do Estado, que não tem medido esforços para investir em segurança”, enfatiza o secretário de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira. O secretário participa amanhã da reunião do Consep, marcada para as 9h, no Hotel Nacional, em Brasília.

De 2003 para cá, Mato Grosso vem sofrendo uma perda gradativa de recursos via convênios com o governo federal. Em 2003, o Estado recebeu, através de convênios R$ 8.338.192,49. Em 2004, os repasses ao Estado caíram para 3.889.999,64 e no ano passado (2005) foram repassados apenas R$ 1.746.765,31 (dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp).

Entre os valores efetivamente conveniados (repassados) com os Estados, entre os anos de 2003 e 2004, houve uma redução de 30,92% (de R$ 289.524.310,48 para R$ 199.975.814,67) e de 2004 para 2005, nova redução, agora de 43,95% (de 199.975.814,67 para R$ 112.121.844,14).

São Paulo

Os ataques contra o sistema de Segurança Pública em São Paulo, também farão parte das discussões da reunião. Célio Wilson de Oliveira informou que Mato Grosso também estava na lista dos Estados para que ocorressem rebeliões e motins, mas que o serviço de inteligência recebeu informações sobre as negociações e a polícia agiu de forma pró-ativa.

”Eles estavam se preparando para fazer uma movimentação no domingo (14), dia das mães. Informações deram conta de que eles se comunicavam via celular e falavam de ‘uma grande caminhada, envolvendo todas as faculdades do Brasil’. O crime organizado estava se articulando para desenvolver ações em diversos presídios”, explica.

Na avaliação do secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, toda essa movimentação do crime organizado é uma resposta às ações da Justiça e das polícias, de todo o Brasil, que vem desarticulando o crime organizado. “Eles querem desestabilizar, desarticular esse trabalho, mas o Estado não pode de forma alguma retroceder”, enfatiza Célio Wilson.





Fonte: 24HorasNews

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