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Tecnologia
Segunda - 15 de Maio de 2006 às 14:40

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Todo dia aparece um novo serviço de vídeo pela Internet. Filmes engraçados, comerciais: está tudo lá. Você pode gostar, mas será que a Internet agüenta? A resposta dos maiores provedores, das operadoras de telefonia e das empresas de TV a cabo é "não". Pequenos clips tudo bem, mas qualidade de televisão e, especialmente, programação de alta-definição poderia causar que toda Internet travasse.

A maioria das pessoas que utilizam a Internet em casa, usam através de breves picos - um e-mail aqui, uma página lá. Se as pessoas começarem a assistir vídeos como vêem TV, horas a fio, haverá um congestionamento na Internet, que não foi desenvolvida para isso. Provedores dizem que aumentar a capacidade da rede para agüentar tamanho fluxo será muito caro.

Para compensar este gasto, os provedores norte-americanos querem começar a cobrar os sites de hospedam os vídeos para garantir a entrega de arquivos grandes, por exemplo.

Ativistas da Internet e grupos de consumidores são contra esses planos, que dizem que a ação iria forçar um mercado em um campo que agora encoraja a inovação. Eles querem uma legislação que garanta uma Internet "neutra".

No centro do debate está a questão: quanto realmente custaria para provedores disponibilizarem algumas horas de horário nobre de televisão diariamente?

Em uma estimativa arredondada, uma rede de 1 megabit por segundo, em Atlanta, custaria para um provedor entre US$ 10 e US$ 20 por mês. Especialistas avaliam que provedores vendem cerca de 30 vezes mais banda que poderia agüentar caso todos seus usuários conectassem simultaneamente.

A solução seria, obviamente, aumentar a banda. Para uma rede de 2 gigabits, um provedor pagaria US$ 1 por usuário, segundo Henry Kafka, arquiteto chefe da BellSouth. Isto é valor bastante baixo se comparado aos US$ 47 pagos pelo consumidor por uma linha de DSL. Entretanto, a empresa também tem que pagar pela equipe de vendas, suporte, manutenção e uma série de outros custos.

Se o mesmo usuário começasse a baixar cinco filmes por mês, sem contar os gastos de manutenção, o valor por cabeça subiria para US$ 4,5. Mas se o uso passasse a ser oito horas de televisão diária, como a média do público norte-americano, o custo seria de US$ 112 por mês, segundo Kafka.

Para lidar com isso, Kafka diz que a BellSouth pode começar a limitar a quantidade de dados que um usuário pode receber, cobrando um extra se passar do limite. Este tipo de modelo de cobrança gerou protestos na rede.





Fonte: AP

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