Presos rebelados ameaçam matar reféns em Mato Grosso do Sul

A situação no interior do Estabelecimento de Segurança Máxima de Campo Grande é gravíssima, segundo o agente penitenciário Vitor Solano. Ele disse, em entrevista exclusiva ao Bom Dia MS, que os reféns estão ameaçados de morte.

Solano foi libertado há pouco para ser o porta-voz da situação. O agente disse que apanhou muito e pelo menos um preso foi morto, decapitado, durante a rebelião. Outros seis presos estão feridos e aguardando ordem dos líderes da rebelião para serem mortos.

Ontem a Polícia Militar em Campo Grande confirmou que havia 15 reféns nas rebeliões em todo o Estado, sendo três em Campo Grande, sete em Dourados e cinco em Três Lagoas. O diretor da Agência de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Luiz Carlos Teles,disse que todas as providências foram tomadas para reforçar a segurança, conforme alerta feito pelo Sindicato dos Agentes, “mas não foi possível evitar”.

Em Campo Grande, o presídio de segurança máxima tem capacidade para 440 detentos, mas abriga 1.300. Já em Dourados, superlotação é de quase mil presos, já que a capacidade é de 535 e hoje há 1.400. A Agepen tem 600 agentes e todos foram colocados em estado de alerta.