Em meio à onda de violência, SP suspende rodízio de veículos

A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de veículos na manhã desta segunda-feira. A decisão ocorre em meio ao maior ataque contra forças policiais do Estado. Depois de atacar policiais e agentes penitenciários, criminosos passaram a incendiar ônibus e agências bancárias, desde a noite de domingo (14).

Até a madrugada desta segunda-feira, criminosos haviam queimado 61 ônibus na Grande São Paulo. As ações são atribuídas ao PCC (Primeiro Comando da Capital) em resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.

Com medo de novos ataques, muitas empresas decidiram recolher os ônibus e a zona sul, principalmente, ficou sem transporte coletivo. Pontos de ônibus ficaram lotados.

O índice de congestionamento na cidade ficou em 92 km às 8h, alto para o horário. A média para o período é de 82 km, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Com a suspensão do rodízio, veículos com placas finais 1 e 2 podem circular normalmente pelo chamado centro expandido da cidade durante o horário de pico --das 7h às 10h. A prefeitura ainda não confirmou se a operação será suspensa também no período da tarde --das 17h às 20h.

Rodízio

O centro expandido é delimitado pelas marginais Tietê e Pinheiros, pelas avenidas dos Bandeirantes, pelo complexo viário Maria Maluf, pelas avenidas Tancredo Neves e Juntas Provisórias, pelo viaduto Grande São Paulo e pelas avenidas Professor Luís Inácio de Anhaia Melo e Salim Farah Maluf.

Desrespeitar as normas do rodízio implica em infração de nível médio, multa de R$ 85,12 e inclusão de quatro pontos na carteira.