Governo avisa a exportadores que o câmbio permanece livre

Com o apoio de peso das montadoras, setores empresariais exportadores prejudicados pelo dólar barato fizeram uma romaria a Brasília e colocaram o câmbio na ordem do dia da equipe econômica.

Todos ouviram a mesma resposta: apesar de reconhecer que a valorização do real tem causado problemas, o governo não vai mexer na política cambial para elevar o dólar e, assim, melhorar o faturamento desses setores. O socorro, se vier, será de outras formas: mais financiamento para empresas e o agronegócio ou políticas com recursos do orçamento federal.

Setores como calçados, móveis e agricultura enfrentam dificuldades desde 2004, que se agravaram este ano, quando o dólar se aproximou da barreira dos R$ 2. Representantes das indústrias de calçados, móveis e da Volkswagen foram a Brasília para mostrar os estragos provocados pela queda na atividade. Já os agricultores estão há semanas bloqueando estradas em protesto. Quem esperava qualquer sinal de mudança na política cambial saiu frustrado.