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Economia
Segunda - 15 de Maio de 2006 às 07:44

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Em reunião realizada em Sorriso ontem pela manhã, os produtores rurais do Nortão decidiram intensificar as manifestações esta semana, como forma de pressionar o governo federal, que mantém uma audiência amanhã com governadores de 12 Estados onde o movimento Grito do Ipiranga está sendo realizado.

As ações do "Grito do Ipiranga" recomeçam hoje em vários pontos do Estado e serão intensificadas amanhã, com bloqueio quase geral das estradas - passarão apenas veículos de passeio, ambulâncias e ônibus. Além de cargas agrícolas, quaisquer tipos de mercadorias serão bloqueadas. Também haverá manifestações na Capital mato-grossense, com a participação de estudantes, e em Brasília.

"Pedimos a compreensão da população, mas sabemos que se não radicalizarmos, o governo não vai nos atender", explica uma liderança. Na reunião, estiveram presentes organizadores do movimento de Sorriso, Sinop, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Tapurah, Nova Ubiratã, Ipiranga do Norte, Vera, entre outros municípios.

O protesto, que completa um mês nesta quinta-feira no município de Ipiranga do Norte, ganhou adesões em mais de 10 Estados. Os produtores consideram que a medida anunciada pelo governo, de liberar R$ 1 bilhão para garantir uma subvenção ao preço mínimo da soja comercializada via leilão do Prêmio de Risco de Opção Privada (Prop) é apenas paliativa e não favorece a maioria dos agricultores, ou seja, aqueles que já venderam a produção e não serão beneficiados com mais R$ 6 por saca.

Os produtores vão manter os manifestos e amanhã deve ser feito bloqueio geral em vários pontos do Estado. Será liberada apenas a passagem de carros de passeio, ônibus e ambulâncias. Cargas de qualquer natureza serão retidas.

Apenas depois dos protestos é que o governo federal começou timidamente a buscar soluções. Mas, o que foi feito até agora, é considerado pelos produtores muito pouco diante da necessidade urgente em adotar outras medidas como, por exemplo, reduzir o preço do óleo diesel, que tirou de R$ 4 a R$ 5 por saca de soja de rentabilidade do agricultor.

Os produtores também reivindicam pacto de 180 dias com todos os credores, sejam empresas ou instituições financeiras dos setores privado e público.





Fonte: Só Notícias

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