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Sejusp apura suborno a Hércules:
A repentina mudança no depoimento do ex-cabo da Polícia Militar, Hércules Araújo Agostinho, quanto a participação de João Arcanjo Ribeiro na morte do empresário Sávio Brandão, teria custado R$ 100 mil.
Esse valor teria sido pago a familiares do ex-militar, que por sua vez garantiriam uma negativa de Hércules em juízo durante depoimento prestado no dia 19 de abril à 12ª Vara Criminal.
Fontes da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que investiga a denúncia, revelam que essa não seria a primeira vez que uma testemunha teria sido procurada para "inocentar" Arcanjo.
No mês passado, um parente de João Arcanjo teria procurado uma outra testemunha do assassinato de um empresário, onde novamente o "Comendador" aparece como mandante.
A proposta feita a ele previa o pagamento de R$ 100 mil para confirmar a versão que Hércules for apresentar em juízo.
A mudança de depoimento de Hércules levantou especulações.
Afinal, por que tanto tempo após a sua prisão e por diversas vezes ele ter apontado Arcanjo como mandante dos homicídios que confessa ter praticado, ele passaria a argumentar ter sido coagido a incriminar o "Comendador"?
Perante a juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, mês passado, Hércules declarou ter sido forçado a falar pelos promotores que integram o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mesmo sabendo que as confissões anteriores dele foram gravadas em vídeo e feitas na presença de diversas autoridades, entre elas o então presidente da OAB/MT, Ussiel Tavares. O ex-cabo PM admitiu, em juízo, ter cometido pelo menos oito assassinatos.
As confissões ocorreram após ele ser capturado em Machadinho D"Oeste (RO), em janeiro de 2005.
Antes disso, Hércules ficou preso no Pascoal Ramos por mais de um ano negando os crimes, até fugir do presídio.
Até hoje não se sabe quem teria pago pela fuga pela porta da frente da unidade prisional. Hércules sempre se recusou a acusar quem teria financiado o saída.
A estratégia de desmoralizar promotores, delegados, juízes e o procurador da República, Pedro Taques, que atuaram diretamente na Operação Arca de Noé, seria uma artimanha prevista desde o ano de 2003 pela defesa de Arcanjo.
Uma fita apreendida pela PF em 4 de abril de 2003, na casa de Arcanjo, deixaria evidente que "todas as medidas necessárias" seriam tomadas para evitar que Arcanjo continuasse aparecendo na mídia como criminoso.
A gravação feita por Silvia Chirata, esposa dele na época, demonstra que já se previa a estratégia de colocar em dúvida a credibilidade dos envolvidos na ação policial.
Cogitava-se ainda a "compra" de juízes, jornalistas e testemunhas.
Esse valor teria sido pago a familiares do ex-militar, que por sua vez garantiriam uma negativa de Hércules em juízo durante depoimento prestado no dia 19 de abril à 12ª Vara Criminal.
Fontes da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que investiga a denúncia, revelam que essa não seria a primeira vez que uma testemunha teria sido procurada para "inocentar" Arcanjo.
No mês passado, um parente de João Arcanjo teria procurado uma outra testemunha do assassinato de um empresário, onde novamente o "Comendador" aparece como mandante.
A proposta feita a ele previa o pagamento de R$ 100 mil para confirmar a versão que Hércules for apresentar em juízo.
A mudança de depoimento de Hércules levantou especulações.
Afinal, por que tanto tempo após a sua prisão e por diversas vezes ele ter apontado Arcanjo como mandante dos homicídios que confessa ter praticado, ele passaria a argumentar ter sido coagido a incriminar o "Comendador"?
Perante a juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, mês passado, Hércules declarou ter sido forçado a falar pelos promotores que integram o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mesmo sabendo que as confissões anteriores dele foram gravadas em vídeo e feitas na presença de diversas autoridades, entre elas o então presidente da OAB/MT, Ussiel Tavares. O ex-cabo PM admitiu, em juízo, ter cometido pelo menos oito assassinatos.
As confissões ocorreram após ele ser capturado em Machadinho D"Oeste (RO), em janeiro de 2005.
Antes disso, Hércules ficou preso no Pascoal Ramos por mais de um ano negando os crimes, até fugir do presídio.
Até hoje não se sabe quem teria pago pela fuga pela porta da frente da unidade prisional. Hércules sempre se recusou a acusar quem teria financiado o saída.
A estratégia de desmoralizar promotores, delegados, juízes e o procurador da República, Pedro Taques, que atuaram diretamente na Operação Arca de Noé, seria uma artimanha prevista desde o ano de 2003 pela defesa de Arcanjo.
Uma fita apreendida pela PF em 4 de abril de 2003, na casa de Arcanjo, deixaria evidente que "todas as medidas necessárias" seriam tomadas para evitar que Arcanjo continuasse aparecendo na mídia como criminoso.
A gravação feita por Silvia Chirata, esposa dele na época, demonstra que já se previa a estratégia de colocar em dúvida a credibilidade dos envolvidos na ação policial.
Cogitava-se ainda a "compra" de juízes, jornalistas e testemunhas.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/301088/visualizar/
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