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Para advogado do PCC, força policial não vai deter ataques
Demonstrações de força da polícia e do governo de São Paulo serão insuficientes para deter a onda de violência liderada neste fim de semana pelo PCC, organização criminosa que age nos presídios, disse neste domingo o advogado Anselmo Neves Maia, que defende integrantes do grupo.
"Nunca, pode esquecer, é insano imaginar que isso funcione", disse Maia à Reuters, ao ser perguntado se acredita que ao reagir usando força policial o governo controlaria as últimas ações do PCC.
"É o mesmo que alguém querem afinar o nariz apertando-o com os dedos", acrescentou ele.
Maia —que é advogado de alguns integrantes do PCC e se diz "amigo" do principal líder do grupo, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola— considera que as ações são uma "reação natural" dos presos às condições das detenções do Estado, e que seria preciso mais investimentos em áreas sociais para diminuir a pobreza e a criminalidade.
"Esses casos têm origem na miséria e no descaso com os pobres, com falta de investimento em educação, saúde. E tem origem também no tratamento que os presos recebem", disse Maia. "Isso é o combustível dessas ações."
Para ele, se a polícia usar apenas a força, o risco é de um "aumento da tensão". O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, já disse que o governo vai reagir e que "não vai se dobrar ao crime".
A Secretária de Segurança Pública diz que os ataques do PCC são uma reação à transferência de centenas de presos para unidades afastadas e mais rigorosas. Desde sexta-feira, mais de 50 pessoas foram mortas em ataques a bases da polícia em todo o Estado. Entre os mortos estão policiais, civis e agressores. Rebeliões também atingem dezenas de presídios.
Maia foi preso em 2002 acusado de formação de quadrilha juntamente com membros do PCC. Ficou no presídio de segurança máxima de Taubaté. Ele era candidato à deputado federal pelo PMN e uma de suas plataformas de campanha era dar aos presos direito ao voto.
Embora conheça presos ligadas à organização criminosa, o advogado diz que se surpreeendeu com a escala das ações e que não está de acordo com elas. Mas lançou dúvidas sobre se todos os ataques realmente foram desfechados pelo PCC.
"Sinceramente, me causa estranheza o ataque ao Corpo de Bombeiros", disse ele, sugerindo que o ataque possa ter sido forjado para criar um clima de mais temor na sociedade.
"É o mesmo que alguém querem afinar o nariz apertando-o com os dedos", acrescentou ele.
Maia —que é advogado de alguns integrantes do PCC e se diz "amigo" do principal líder do grupo, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola— considera que as ações são uma "reação natural" dos presos às condições das detenções do Estado, e que seria preciso mais investimentos em áreas sociais para diminuir a pobreza e a criminalidade.
"Esses casos têm origem na miséria e no descaso com os pobres, com falta de investimento em educação, saúde. E tem origem também no tratamento que os presos recebem", disse Maia. "Isso é o combustível dessas ações."
Para ele, se a polícia usar apenas a força, o risco é de um "aumento da tensão". O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, já disse que o governo vai reagir e que "não vai se dobrar ao crime".
A Secretária de Segurança Pública diz que os ataques do PCC são uma reação à transferência de centenas de presos para unidades afastadas e mais rigorosas. Desde sexta-feira, mais de 50 pessoas foram mortas em ataques a bases da polícia em todo o Estado. Entre os mortos estão policiais, civis e agressores. Rebeliões também atingem dezenas de presídios.
Maia foi preso em 2002 acusado de formação de quadrilha juntamente com membros do PCC. Ficou no presídio de segurança máxima de Taubaté. Ele era candidato à deputado federal pelo PMN e uma de suas plataformas de campanha era dar aos presos direito ao voto.
Embora conheça presos ligadas à organização criminosa, o advogado diz que se surpreeendeu com a escala das ações e que não está de acordo com elas. Mas lançou dúvidas sobre se todos os ataques realmente foram desfechados pelo PCC.
"Sinceramente, me causa estranheza o ataque ao Corpo de Bombeiros", disse ele, sugerindo que o ataque possa ter sido forjado para criar um clima de mais temor na sociedade.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/301142/visualizar/
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