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Sábado - 13 de Maio de 2006 às 19:20

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Em sua estréia no Brasil, no extinto Free Jazz Festival, em 2001, o DJ alemão Timo Maas disse que seu estilo era um "Timo-sound", impossível de nomear.

Para sua segunda grande performance no país, hoje, na tenda The End do Skol Beats, ele continua uma incógnita e afirma não ter a "menor idéia do que vai discotecar". A única dica que Maas deu à Folha durante conversa por telefone de sua casa, no interior da Alemanha, é que seu remix para a faixa "Flash", do produtor Greenvelvet, "nunca sai de seu case".

"Simplesmente toco o que estou sentindo. É um pouco 'funky, deep e sacudido'", falou Maas, 36. "É algo entre o tecno, a house, os breakbeats e outros estilos musicais. As pessoas chamam por diferentes nomes, eu, apenas de boa música", concluiu.

Foi exatamente por essa característica, a de fazer sets enérgicos e ecléticos, que não se prendem a uma única vertente, que Maas se tornou um dos mais famosos do mundo, um DJ das massas.

"Acho que minha popularidade se deve ao fato de que ninguém nunca sabe o que estou tocando. Isso é algo de que as pessoas gostam e um desafio para mim", diz.

Para o alemão, que comanda os toca-discos desde os 11 anos, a diferença mais marcante do status do disc-jóquei desde quando começou é que, no início, era pouco comum os DJs viajarem. "Em 1994 fiz minha primeira viagem para tocar", lembra Maas. "Desde então, tenho milhares de milhas de vôo."

Timo Maas já se apresentou em todos os cantos do planeta, fez uma quantidade "incontável" de remixes, incluindo para artistas como Madonna, alguns discos próprios e apadrinhou nomes de jovens talentosos, como o conterrâneo Loco Dice, outra atração desta edição do Skol Beats.

O top DJ faz questão de ressaltar que é um entusiasta da nova escola da música eletrônica. "Há uma dezena de jovens produtores de todos os estilos fazendo sucesso no momento", afirma. "A nova geração, como a do minimal tecno, faz um trabalho muito bom em vários lugares do mundo."

Apesar de ser um dos mais conhecidos representantes do mainstream, é no underground que Maas vê o refresco para a mesmice apontada pelos críticos.

"A grande mídia que 'hypou' a eletrônica disse que ela estava acabada, mas ela continuou existindo. O underground se manteve vivo", explica Maas. "Ela se espalhou em diferentes micro estilos. E isso é ótimo."





Fonte: Folha Online

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