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Cidades/Geral
Sábado - 13 de Maio de 2006 às 18:40

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O texto da Lei 8.213/91 em seus artigos e parágrafos obriga as empresas com 100 ou mais empregados reservar de 2% a 5% das vagas disponíveis para portadores de deficiência. Mesmo amparadas pela legislação, no entanto, muitas pessoas que preechem este requisito ainda encontram dificuldades para conseguir trabalho. De acordo com o Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografica e Estatística (IBGE), de um totoal de 24,5 milhões de deficientes, apenas 9 milhões trabalham. Mais da metade (4,9 milhões) ganha até dois salários mínimos.

Em entrevista a uma rede de rádios, organizada pela Radiobrás, a coordenadora nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, Izabel Maior, afirmou que é necessário sensibilizar e capacitar as pessoas das áreas de recursos humanos das empresas para a importância da inserção do portador de deficiência no mercado de trabalho.

"Nós já temos muitas vagas ocupadas por pessoas com deficiência, mas precisamos investir cada vez mais de um lado na qualificação profissional das pessoas com deficiência e por outro lado na sensibilidade e participação nesse processo de inclusão dos empresários", afirma Maior.

De acordo com a coordenadora, o mercado de trabalho tem espaço para as pessoas com deficiência, desde que possuam qualificação. O treinamento, segundo ela, deve ser iniciado dentro das escolas, que devem misturar alunos com e sem deficiência e treinar os professores para lidar com os alunos portadores de necessidades especiais. "Não adianta a gente manter as pessoas em escolas separadas e depois tentar juntar mais adiante na sociedade. Nós temos que fazer com que crianças com deficiência e crianças que não têm deficiência convivam logo para acabar com esse "apartheid", com o preconceito", afirma Izabel Maior.

A coordenadora diz que nos últimos três anos houve um aumento de 41% das matrículas de crianças e jovens com deficientes nas escolas. Segundo ela, o governo federal repassa recursos para a capacitação dos professores e adaptação das escolas. "O governo federal, através do Fust [Fundo de Universalização do Sistema de Telecomunicações], vai equipar os centros de apoio pedagógico com computadores e linhas telefônicas para atender à capacitação escolar de crianças e jovens cegos e surdos", afirma.





Fonte: Da Redação

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