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Cheias no Amazonas é culpa de desmatamento em MT, diz prefeito
pelo menos 300 famílias tiveram as casas tomadas pelas águas e estão isoladas. O prefeito de Barreirinha,Gilvan Seixas (PPS) responsabilizou os efeitos da cheia do Paraná do Ramos, que deságua no baixo Amazonas, aos desmatamentos no Pará e em Mato Grosso, Estados que fazem divisas com o municípios.
"Os desmatamentos são a grande influência para os rios, porque estão destruindo as matas ciliares."
A cheia dos principais rios que cortam o Amazonas já atingiu 40 mil pessoas em 16 municípios, segundo a Defesa Civil. A situação vem se agravando desde de março. Nesta semana, com o aumento das chuvas, estão em situação de emergência 11 municípios.
Os mais críticos são Borba, onde o rio Madeira transbordou, Barreirinha, no baixo rio Amazonas, e Santo Antônio do Içá, no alto Solimões.
Nesta sexta-feira, a Prefeitura de Barreirinha (329 km de Manaus) anunciou a suspensão das aulas na zona rural e não descarta que 40% dos alunos, no total de 7.000 estudantes da rede, fiquem sem ir às escolas.
Segundo a Defesa Civil, os municípios de Borba, Manicoré, Humaitá e Pauini já receberam ajuda de R$ 350 mil do governo do Amazonas para a compra de medicamentos, remédios e transferência de 16 mil pessoas para abrigos. A maioria das casas atingidas pela cheia é palafita (de madeira com estaca). Mesmo com as águas na metade das casas, as famílias resistem a sair.
Dormem em redes atadas ao teto e enfrentam riscos de mordidas de cobra. "A enchente chegou de forma muito rápida, mas não foi inesperada porque desenvolvemos uma estratégia com os órgãos de meteorologia e hidrologia para atender as populações", disse o secretário executivo da Defesa Civil, coronel Roberto Rocha.
O ciclo de enchente e vazante (seca) é um processo natural, que acontece todos os anos na Amazônia. Os desmatamentos têm agravado os ciclos, segundo os cientistas.
Desde o ano passado, quando uma estiagem severa deixou mais de 90 mil famílias de ribeirinhos isoladas, o Serviço Geológico do Brasil vem monitorando os rios e divulgando os dados para que a Defesa Civil formule estratégias para minimizar os efeitos dos desastres ambientais.
"Em Santo Antônio do Içá faltam apenas 21 cm para que a cota de emergência do rio Solimões seja atingida, um sinal que a população já precisa do apoio dos órgãos competentes", disse engenheiro Daniel de Oliveira, do Serviço Geológico.
Pará
A previsão no Pará é de mais chuvas, pelo menos até segunda-feira. O Estado já possui 27 municípios em situação de emergência. Segundo o último relatório da Defesa Civil, divulgado na quarta-feira, são cerca de 20 mil desalojados --que foram removidos para abrigos-- e 6.500 desabrigados --que perderam as casas.
A situação é mais crítica no oeste do Estado, pois os níveis dos rios Amazonas, Tapajós e afluentes continuam subindo. Já na região sul --uma das mais castigadas em abril--, as águas dos rios Itacaiunas e Tocantins estão descendo, possibilitando que os desalojados comecem a voltar para suas casas.
"Os desmatamentos são a grande influência para os rios, porque estão destruindo as matas ciliares."
A cheia dos principais rios que cortam o Amazonas já atingiu 40 mil pessoas em 16 municípios, segundo a Defesa Civil. A situação vem se agravando desde de março. Nesta semana, com o aumento das chuvas, estão em situação de emergência 11 municípios.
Os mais críticos são Borba, onde o rio Madeira transbordou, Barreirinha, no baixo rio Amazonas, e Santo Antônio do Içá, no alto Solimões.
Nesta sexta-feira, a Prefeitura de Barreirinha (329 km de Manaus) anunciou a suspensão das aulas na zona rural e não descarta que 40% dos alunos, no total de 7.000 estudantes da rede, fiquem sem ir às escolas.
Segundo a Defesa Civil, os municípios de Borba, Manicoré, Humaitá e Pauini já receberam ajuda de R$ 350 mil do governo do Amazonas para a compra de medicamentos, remédios e transferência de 16 mil pessoas para abrigos. A maioria das casas atingidas pela cheia é palafita (de madeira com estaca). Mesmo com as águas na metade das casas, as famílias resistem a sair.
Dormem em redes atadas ao teto e enfrentam riscos de mordidas de cobra. "A enchente chegou de forma muito rápida, mas não foi inesperada porque desenvolvemos uma estratégia com os órgãos de meteorologia e hidrologia para atender as populações", disse o secretário executivo da Defesa Civil, coronel Roberto Rocha.
O ciclo de enchente e vazante (seca) é um processo natural, que acontece todos os anos na Amazônia. Os desmatamentos têm agravado os ciclos, segundo os cientistas.
Desde o ano passado, quando uma estiagem severa deixou mais de 90 mil famílias de ribeirinhos isoladas, o Serviço Geológico do Brasil vem monitorando os rios e divulgando os dados para que a Defesa Civil formule estratégias para minimizar os efeitos dos desastres ambientais.
"Em Santo Antônio do Içá faltam apenas 21 cm para que a cota de emergência do rio Solimões seja atingida, um sinal que a população já precisa do apoio dos órgãos competentes", disse engenheiro Daniel de Oliveira, do Serviço Geológico.
Pará
A previsão no Pará é de mais chuvas, pelo menos até segunda-feira. O Estado já possui 27 municípios em situação de emergência. Segundo o último relatório da Defesa Civil, divulgado na quarta-feira, são cerca de 20 mil desalojados --que foram removidos para abrigos-- e 6.500 desabrigados --que perderam as casas.
A situação é mais crítica no oeste do Estado, pois os níveis dos rios Amazonas, Tapajós e afluentes continuam subindo. Já na região sul --uma das mais castigadas em abril--, as águas dos rios Itacaiunas e Tocantins estão descendo, possibilitando que os desalojados comecem a voltar para suas casas.
Fonte:
24Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/301268/visualizar/
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