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Cidades/Geral
Sábado - 13 de Maio de 2006 às 12:38

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Presos de duas penitenciárias localizadas no interior de São Paulo mantêm, no total, 24 funcionários reféns desde a tarde de sexta-feira (12). O movimento começou horas após uma megaoperação de transferência em massa. No mesmo período, líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) foram levados à sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em Santana, na zona norte de São Paulo.

Na manhã deste sábado, diretores da penitenciária de Iaras (282 km a noroeste de São Paulo) e penitenciária 1 de Avaré (262 km a oeste de São Paulo) negociam com os rebelados a libertação dos reféns --12 em cada uma. Não há informações sobre feridos ou reivindicações dos presos.

As duas unidades têm população abaixo da capacidade. Em Avaré, a unidade abriga 154 presos em um prédio com capacidade para 520. Na penitenciária de Iaras, são 435 presos em uma área para 792.

PCC

Oito integrantes do PCC haviam sido levados para o Deic para depor sobre uma suposta megarrebelião que estaria sendo planejada.

O grupo deixou a unidade por volta das 8h30 deste sábado, mas o destino não foi confirmado --seria um presídio no interior do Estado. Entre eles está Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, líder da facção.

Ataques

Em meio às rebeliões e depois da transferência dos líderes da facção para o Deic, começou uma onda de ataques a policiais no Estado. Entre a noite de sexta e a madrugada deste sábado, 21 pessoas foram mortas --a maioria policiais--, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

A ação seria uma resposta do PCC à decisão do governo do Estado de isolar líderes da facção criminosa.

Durante toda a quinta-feira (11), a SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) promoveu uma megaoperação que transferiu mais de 600 detentos para a recém-reformada P-2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo) e realizou revistas em todas as unidades de regime fechado do Estado. A secretaria definiu a operação de reocupação da prisão de Presidente Venceslau como "administrativa" e atribuiu a uma casualidade o fato da reforma ter terminado dias atrás.

Com a transferência em massa, porém, o governo teria como objetivo desarticular a atuação de facções no sistema penitenciário --inclusive na promoção de rebeliões simultâneas.





Fonte: Folha Online

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