Dez integrantes do MST estão presos por causa de conflito

Os 10 integrantes do Movimento Sem-Terra que foram presos ontem em União do Sul, na região norte do Estado, após se envolverem num conflito, já estão na penitenciária. Eles chegaram ontem após serem ouvidos na delegacia municipal de Cláudia. O confronto resultou no ferimento a bala de um posseiro e no esfaqueamento de dois sem-terra ainda não identificados.

Além de Reinaldo Guardiano Silva (Baiano), acusado de disparar contra o posseiro Luis Carlos Secco, foram presos Valcir de Lima, Aristides Ferreira, Lauande Nascimento, Flavio Luiz Mariano, Antonio Nunes Alves, Geraldo Barizanski, Anivandro José de Almeida e Juvenil Ferreira da Costa.

De acordo com comandante da Companhia de Operações Táticas de Alto Risco (Cotar), major Maurício Monteiro, o confronto entre os grupos começou na terça-feira, quando o MST ocupou as terras da fazenda Madefátima. A área já estava ocupada há um ano por posseiros ligados ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de União do Sul.

Os posseiros reagiram e houve conflito. Na confusão, o MST fez dois reféns. Um deles foi Pedro Conceição, 51 anos, que disse ter ficado amarrado na forquilha de um barraco e sendo ameaçado de morte com um revólver na cabeça caso algum integrante do MST fosse morto.

Por conta dos reféns é que a PM foi deslocada até os assentamentos. Em revista, foram encontradas cinco armas de fogo em posse dos sem-terra, facas e facões e uma moto roubada. Terminado o confronto e feita a prisão dos acusados, a área ficou ocupada pelos integrantes do MST.

Ontem também o Cotar de deslocou até Feliz Natal para averiguar uma denúncia de conflito entre posseiros e MST e também de que havia reféns, mas segundo o major Maurício, a denúncia não procedeu.