Começa faltar gás, água, combustíveis e remédios
Alguns adotaram estratégia de venda racionada para atender aos clientes. Embora os produtores de Sinop tenham liberado o tráfego, o risco de desabastecimento em alguns segmentos permanece. Carretas carregadas com óleo diesel ou gasolina, por exemplo, que saíram de São Paulo para o Norte de Mato Grosso, ficaram presas no bloqueio.
Postos de combustíveis e distribuidoras de gás de cozinha enfrentam
problemas e já têm que racionar mercadoria aos clientes. Em algumas
revendedoras, os estoques terminaram ontem. Na Centro Gás, a proprietária Rosita Otília Finger disse que os cerca de 400 botijões que estavam no estoque estão no fim. Rosita espera por três carretas com cargas de gás de cozinha e água mineral.
Também em outros setores os produtos começam a faltar e se os bloqueios voltarem a ser feitos -- como é a previsão -- a situação pode ficar complicada nas principais cidades do Nortão, que dependem da BR-163 para entrada dos produtos essenciais à população.
Nos supermercados também existem problemas de abastecimento. Aproximadamente 270 toneladas (t) de alimentos deixaram de chegar ao maior atacado de Sinop. O estoque em uma rede de lojas que possui supermercados em Sinop e Colíder deve durar os próximos 20 dias. Já produtos como verduras e frutas começam a faltar.
Nas farmácias a escassez é visível nas prateleiras. Faltam antibióticos e algumas marcas de anticoncepcional.
Segundo os organizadores do protesto, o bloqueio, pelo menos parcial, deve continuar até o dia 16. Hoje, uma nova reunião deve acontecer em Brasília, entre produtores, prefeitos e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. O ministro deve dar uma resposta às reivindicações entregues na terça-feira pela categoria.
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