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Polícia Brasil
Quinta - 11 de Maio de 2006 às 10:53

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Dois policiais civis foram afastados da corporação por acusação de tortura em Apiacás (1 mil quilômetros de Cuiabá). Uma liminar deferida pelo juiz Jacob Sauer, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), justifica o desligamento de Rodiney da Silva Santos e Marco Aurélio Almeida por ato de improbidade administrativa contra Márcio Morilha Ramos, morador daquela cidade e que estaria reclamando a atuação policial na região. Além de sofrer agressões físicas e psicológicas, Márcio Ramos ficou preso por quase 15 horas sem nenhuma acusação.

O promotor de Justiça Rinaldo Ribeiro de Almeida Segundo requer ainda a perda da função pública e a suspensão de direitos políticos (por três anos) dos acusados. Também solicita a proibição de contratar com o poder público e de receber benefícios, incentivos fiscais e crédito. Ele baseou a ação no depoimento da vítima e de testemunhas, além de uma gravação da conversa feita por Márcio Ramos e um dos amigos que o acompanhava.

A tortura aconteceu em janeiro deste ano. De acordo com os depoimentos, a vítima iria a uma festa junto com dois amigos. Mas foi abordado no caminho por policiais. Aparentemente embriagados, saíram da viatura com armas na mão e começaram a espancar a vítima. Eles portavam um revólver calibre 38 e uma escopeta 12. Márcio Ramos foi impedido de reagir, pois ameaçado de que, caso tentasse, levaria um tiro. Ele foi levado à delegacia na viatura e os amigos dele conduziram o veículo de Márcio. Os colegas não foram agredidos fisicamente, mas um dos policiais os intimidou apontando a escopeta contra eles. Para justificar a agressão, policiais acusaram a vítima de uso e comercialização de drogas. Mas nenhuma prova foi encontrada contra Márcio Ramos.





Fonte: 24Horas News

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