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Cidades/Geral
Quinta - 11 de Maio de 2006 às 08:49
Por: Elaine Perassoli

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Criopreservação de sêmen canino foi um dos assuntos discutidos no XXXIII Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária nesta quarta-feira (10). Com a sala lotada, a professora da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Isabel Candia Nunes da Cunha, conta que os primeiros registros de congelamento de sêmen foi de cães. “Sendo assim, não podemos dizer que é um assunto novo. Por outro lado, não evoluiu como a dos bovinos por ser muito mais delicada, complicada e exigir o emprego de mais tecnologia”.

A identificação da ovulação, os métodos de disposição do sêmen no trato genital da fêmea e a baixa resistência dos espermatozóides às técnicas da criopreservação são alguns dos ítens que contribuíram para que a evolução da técnica não fosse tão rápida quanto em outros animais. Isabel Cunha destaca que a inseminação artificial nos cães é muito diferente de outros animais. Além de um acompanhamento mais detalhado do ciclo da fêmea, também é necessário fazer a aplicação de sêmen por pelo menos três vezes para estabelecer a prenhez. Já nos bovinos, por exemplo, 12 horas após a identificação do cio, faz-se a inseminação, que demanda apenas uma aplicação.

A professora atua neste setor desde 1994 e destaca que é uma área muito boa para se trabalhar. Ela conta que um de seus clientes optou pela inseminação artificial depois de diversas tentativas frustradas pelos métodos naturais para conseguir uma ninhada de cães da raça bulldog. “Conseguimos 12 filhotes, foi uma grande alegria tanto para mim quanto para o cliente. Eu também já fiz inseminação de cães vira-latas e foi um sucesso”.

De acordo com a professora, a inseminação com sêmen fresco é mais fácil e não exige a aplicação de tanta tecnologia. “Já a criopreservação (sêmen congelado) é um pouco mais complicada e exige tecnologia mais avançada e, conseqüentemente, é mais cara”, explica a professora.

Não há raças mais indicadas, rentáveis ou mais utilizadas para a inseminação artificial ou a criopreservação. No entanto, de acordo com a professora, a reprodução do bulldog inglês na maioria das vezes só acontece com a inseminação artificial. “É muito difícil a cruza acontecer naturalmente, pois algumas raças têm dificuldade de cruzar”, analisa. Em Cuiabá já se pesquisa a inseminação artificial e o congelamento de sêmen.





Fonte: Da Assessoria

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