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Quinta - 11 de Maio de 2006 às 03:38
Por: Valeria Cristina

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O Colégio Brasileiro de Aqüicultura (CBAq) abriu a programação de sua quarta reunião anual falando dos pontos críticos da piscicultura. A palestra foi ministrada pela presidente da entidade, Agar Costa Alexandrino de Pérez, durante a programação do XXXIII Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet). Outro assunto abordado pelo CBAq foi o controle de doenças dos peixes, com o pesquisador do Centro de Biopatologia Aquática de Buenos Aires, Luis Alberto Romano.

A piscicultura no Brasil, segundo explicou a médica veterinária Agar Pérez, é uma atividade em desenvolvimento, precisando, portanto, de atenção tanto por parte do governo quanto dos produtores. Os pontos críticos apontados por ela são sanidade, genética e alimentação. “Esses três fatores são os pilares de qualquer atividade produtiva. Sem eles não há um bom desenvolvimento”, frisou.

Apesar do grande potencial da piscicultura no país, principalmente pela quantidade de água que temos, a atividade ainda está desordenada e corre o risco de não se concretizar esse potencial. Conforme a presidente do CBAq, é preciso investir em capacitação técnica e de mão-de-obra e ordenamento. Hoje já existe a Secretaria Especial de Pesca e Aqüicultura (Seap), que dá um certo suporte, mas como a parte sanitária sempre fica de fora, tudo pode vir abaixo, alertou Pérez.

A instrução normativa 53/03, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que criou o Programa de Sanidade Nacional de Animais Aquáticos, regulamenta a atividade da piscicultura. Ela trata de temas como responsabilidade técnica pelos médicos veterinários, importações e quarentena, entre outras coisas. Mas cada um dos temas precisa ser desenvolvido individualmente em legislação específica. “Ela foi feita para dar um suporte, mas é um projeto novo, está caminhando”, pondera.

No caso do controle sanitário, Luis Romano destacou que quanto mais se desenvolvem métodos intensivos de aqüicultura, aumentam simultaneamente as doenças, trazendo como conseqüência perdas econômicas. Nessa linha, o consenso hoje é usar métodos não agressivos, descartando-se o uso indiscriminado de antibióticos, o que muitas vezes agrava a condição sanitária da produção.

Agar Pérez frisou que a aqüicultura no Brasil precisa se organizar porque outros países com menos água têm produção maior que a nossa.

O Colégio Brasileiro de Aqüicultura foi criado em 2000 e é formado por 26 médicos veterinários que trabalham com a atividade. A intenção da entidade é fomentar a especialidade entre os médicos veterinários.





Fonte: Da Assessoria Enipec

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