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Quarta - 10 de Maio de 2006 às 17:41
Por: Juliana Meneses

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Em Rondonópolis, os manifestantes liberaram a passagem de caminhões até amanhã (11.05)

Trabalhadores que perderam os empregos em Campo Novo do Parecis, Mato Grosso, (396 Km a noroeste de Cuiabá) por causa da crise vivida pelo agronegócio estão mobilizados. Os manifestantes apóiam o movimento "Grito do Ipiranga" porque querem retornar ao mercado de trabalho. Os desempregados estão fazendo piquete na rodovia MT - 170.

A mobilização se concentra no distrito de Marechal Rondon, a 45 Km de Campo Novo. Segundo o produtor rural Junior Uttida, cerca de 1000 pessoas, entre funcionários de fazendas e motoristas de pequenos caminhões, moram no distrito. "O movimento deixou de ser apenas dos produtores, os funcionários também estão participando", disse.

No sul do Estado, o bloqueio do entroncamento das BRs teve que ser desfeito em Rondonópolis. Segundo o produtor rural e diretor da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, cerca de 5000 caminhões estavam parados nas rodovias e pátios de postos da cidade. "A rodovia vai ficar liberada até amanhã, quando será trancada novamente. Armazéns continuam fechados do mesmo jeito", explicou.

Tomczyk relatou à Assessoria que muitos caminhoneiros foram embora, mas alguns estão sem saber o que fazer: "Com as empresas fechadas, os motoristas não têm como carregar. A pressão para que os armazéns sejam destrancados é grande". De acordo com o produtor, apesar do apelo dos motoristas, os manifestantes não têm intenção de desbloquear as empresas. Tomczyk disse ainda que começou a faltar combustível nos postos e óleo de soja na cidade. Rondonópolis é a terceira maior cidade de Mato Grosso.

Situação parecida vive o município de Campo Verde (131 Km ao sul da Capital). Segundo o presidente do Sindicato Rural da cidade, Jairo Dezordi, não há problemas graves nos bloqueios, mas já começa a faltar frutas e verduras nos supermercados. "Nosso objetivo é liberar o trânsito de carros pequenos, ônibus, ambulâncias, cargas vivas e perecíveis. No entanto, alguns caminhoneiros radicalizam na ação", explicou. Dezordi disse que carros pequenos e ônibus estão usando rotas alternativas e as cargas de verduras e frutas que não conseguem passar estão voltando para o local de origem, em especial, Cuiabá.

Ferronorte - Alto Araguaia e Alto Taquari mantêm os bloqueios nas rodovias e a situação por enquanto é tranqüila. Os produtores aguardam a chegada dos caminhões que saíram de Rondonópolis. As cidades dão acesso a Goiás. Os trilhos da Ferronorte foram liberados nos dois municípios. Em Alto Araguaia, o bloqueio está sendo feito no terminal de carga e descarga da ferrovia.





Fonte: Da Assessoria

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