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Cidades/Geral
Quarta - 10 de Maio de 2006 às 12:11

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Até o fim da próxima semana, o Ministério da Educação (MEC) divulgará o resultado da seleção de instituições de ensino superior que participarão, este ano, do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). O programa, que tem o propósito de ampliar as chances de acesso e garantir a permanência dos afrodescendentes no ensino superior, contará com R$ 2,5 milhões para aplicação em projetos de ensino, pesquisa e extensão universitária.

Uma comissão de especialistas, reunida na Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), avalia os 30 projetos inscritos nesta segunda edição do Uniafro. Os selecionados receberão recursos de até R$ 150 mil, em junho próximo. A comissão encerrará os trabalhos de avaliação nesta quarta-feira, dia 10. Segundo Deborah dos Santos, consultora da SESu, há projetos novos e outros que são continuidade daqueles que já começaram a ser desenvolvidos. “Isso mostra que o Uniafro ajuda a desenvolver ações nos estados e nas universidades”, disse. Ela salienta que o programa estimula as universidades a desenvolver ações afirmativas nas comunidades e envolve também os sistemas estaduais e municipais de ensino.

A Universidade do Estado da Bahia (Uneb), uma das 18 instituições que participam do Uniafro desde o ano passado, está desenvolvendo o projeto Afrouneb (Ações Afirmativas, Igualdade Racial e Compromisso Social na Construção de uma Nova Cultura Universitária). Universitários afrodescendentes, estudantes e professores do ensino básico de Salvador, Santo Antônio de Jesus, Alagoinhas, Itaberaba e Senhor do Bonfim são beneficiados com as iniciativas do projeto.

Os professores fazem cursos sobre história da África e das populações negras no Brasil e cultura afro-brasileira. O Afrouneb selecionou 45 estudantes negros, que trabalham em grupos, organizados por atividade, na elaboração de projetos ou materiais didáticos e metodológicos. “O Afrouneb e os demais projetos desenvolvidos em parceria com o Uniafro abrirão caminhos para a construção de mecanismos institucionais permanentes que garantam a pluralidade cultural e a diversidade étnico-racial que historicamente caracterizam tanto a Bahia quanto a sociedade em geral”, disse o professor Wilson Roberto de Mattos, coordenador-geral do Afrouneb.

Normas — O edital do Uniafro, divulgado dia 14 de março deste ano, abriu o programa a universidades públicas e centros federais de educação tecnológica (Cefets) que contem com núcleos de estudos afro-brasileiros (Neabs) ou grupos correlatos. O projeto deve ter um coordenador responsável e contemplar pelo menos um dos eixos do programa — publicações, formação de profissionais da educação e promoção do acesso e da permanência na educação superior.

O Uniafro é desenvolvido pela SESu e pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). No ano passado, nove universidades federais e nove estaduais foram contempladas dentre 42 inscritas.





Fonte: A Gazeta

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