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Economia
Domingo - 27 de Janeiro de 2013 às 10:29

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O juro nos empréstimos para as pessoas físicas atingiu o menor nível desde 2000, o governo forçou os bancos públicos a oferecer mais crédito a um custo menor e, ainda assim, os calotes subiram, encerrando 2012 em 7,9% do total emprestado.

O valor, que não inclui os financiamentos habitacionais e outras operações direcionadas, mostra que a inadimplência resiste a cair, frustrando a expectativa de redução sustentada durante todo o ano pelo BC.

E pior: até linhas como o consignado e crédito pessoal --mais baratas-- fecharam 2012 com inadimplência no maior patamar desde maio de 2002 (6,4%).

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, não soube explicar por que isso aconteceu, mas insistiu em que a tendência dos calotes é de queda em 2013. "Não tenho elementos que poderiam explicar o que fez essa inadimplência [subir]", disse. "A perspectiva de queda na inadimplência se baseia na continuidade do crescimento da renda."

O crescimento das dívidas em atraso é apontado pelos bancos privados como justificativa para o pé no freio na concessão de empréstimos.

Ignorando os apelos do governo para acelerar a liberação de crédito, no ano passado, o estoque de empréstimos nessas instituições cresceu só 7,8%. Nos bancos públicos, foi mais do que o triplo: 27,2%.

Para Túlio Maciel, os bancos oficiais estão sendo mais agressivos nas concessões, sobretudo de financiamentos habitacionais.

Com isso, aumentaram sua participação no mercado (passaram de 43,5% no fim de 2011 para 47,6% em 2012).

  Editoria de Arte/Folhapress  

PICO



Depois do pico registrado em maio do ano passado, quando as dívidas de pessoas físicas com mais de 90 dias de atraso atingiram 7,9%, o BC projetava queda gradual.

No entanto, houve só um ligeiro recuo, para 7,8%, voltando a subir no final do ano.

Os empréstimos para compra de veículos, que preocuparam os diretores do BC --dada a velocidade de crescimento nos últimos anos e alongamento de prazos--, encerraram 2012 com inadimplência maior ante 2011. Porém, mostraram recuo no último semestre.

Em 2012, o volume de crédito no país subiu 16,2%, uma desaceleração ante as altas de 19% (2011) e 21% (2010), alcançando R$ 2,4 trilhões (53,5% do PIB). Para este ano, o BC projeta aumento de 14%.






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