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Cidades/Geral
Quarta - 10 de Maio de 2006 às 07:58

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O presidente da CPI dos Bingos que veio a Cuiabá, Romeu Tuma (PFL/SP), ao final da inquirição, se mostrou irritado diante das respostas "lacônicas" de Arcanjo. "Sei que você está mentindo para mim, mas não estou aqui para te colocar contra a parede, para te apertar. O senhor não tem que se comprometer" foi uma das últimas frases dele ao "Comendador". Tuma se declarou chateado ao verificar que um ex-policial, com a ficha limpa, é tido como "poderoso chefão do Estado". Arcanjo, bem humorado, respondeu ao senador que não estava mentindo. "Vão dizer por aí que, além de negão, sou mentiroso".

Tuma foi o único senador que declarou à imprensa considerar que as informações de Arcanjo foram válidas. Ele apontou que o depoimento de Nilson Teixeira, administrador das factorings de Arcanjo, não deve ser chamado a prestar esclarecimentos aos membros da CPI. O depoimento que ele prestou à Justiça Federal em junho do ano passado vai ser acrescido à documentação da CPI para análise. Em julho os senadores apresentarão relatório final da comissão.

O senador Welington Salgado (PMDB/MG) foi bastante direto nos questionamentos que fez e disse a Arcanjo que percebeu que ele não tinha medo de responder às perguntas. "Percebo que você olha nos olhos, não baixa a cabeça. Não vou usar meias palavras". Wellington questionou severamente a Arcanjo como ele pôde enriquecer de tal maneira sem nunca ter cometido crimes contra ordem tributária.

Mais ponderado, o senador Sibá Machado chegou a "elogiar" a inteligência de Arcanjo, que não tem o 2º grau, mas conseguiu adquirir tamanho patrimônio em apenas 30 anos.

Discussão - Um dos diálogos mais acalorados da CPI não foi protagonizado por Arcanjo, mas sim por seu advogado, Zaid Arbid, que se manifestou durante o depoimento do cliente, o que é proibido. Ele foi advertido pelo senador Juvêncio da Fonseca (PMDB/MG) e, novamente, discordou dos questionamentos que estavam sendo feitos a Arcanjo. Juvêncio insistia em perguntar sobre a relação do "Comendador" com o prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel. Por pelo menos três vezes o senador Romeu Tuma teve que se "intrometer" na discussão para que os ânimos se acalmassem. (PN)





Fonte: A Gazeta

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