Peritos analisam materiais apreendidos com quadrilha que vendia ambulâncias

Peritos estão analisando o conteúdo de 45 computadores apreendidos em empresas e escritórios da quadrilha que vendia ambulâncias superfaturadas para os municípios do interior do Estado. O trabalho vai ajudar na conclusão dos inquéritos sobre a atuação do grupo. Parte dos relatórios deve seguir para o Ministério Público.

Os presos em outros Estados, na Operação Sanguessuga, ainda estão chegando a Cuiabá. Na lista estão empresários, assessores de parlamentares, servidores públicos e os ex-deputados Ronivon Santiago e Carlos Rodrigues, conhecido como Bispo Rodrigues. Todos são suspeitos de participar do esquema de venda de ambulâncias por meio de licitações com cartas marcadas e negociatas envolvendo emendas no orçamento.

As investigações da Polícia Federal revelaram que os integrantes da quadrilha tinham uma relação íntima com o "poder", em Brasília, e planos para aumentar a influência no Congresso. Eles chegaram a estimular parceiros no esquema a se candidatar ao cargo de deputado.

É o que sugere a gravação telefônica, com autorização da Justiça, de um diálogo entre o empresário que fornecia equipamentos para ambulâncias e o assessor de um deputado, conhecido como Marquinhos, suspeito de intermediar a venda de emendas parlamentares.

O Ministério Público vai investigar o esquema Sanguessuga.