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Arcanjo não acrescenta nada a CPI e mantém linha de defesa
Durante cerca de 2 horas, na manhã desta terça-feira (09) no auditório do Batalhão da Polícia Militar de Mato Grosso, em Cuiabá, o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro respondeu perguntas dos senadores integrantes da CPI dos Bingos. O senador Antero Paes de Barros (PSDB) que foi citado em entrevista coletiva pelo “comendador” fez parte da Mesa da CPI e também fez perguntas. Arcanjo, no entanto, não acrescentou nada aos parlamentares e manteve a linha de defesa de evitar polêmicas e citar nomes.
À CPI, o ex-bicheiro voltou a negar que teve negócios com bingos, negou qualquer envolvimento com a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT) e que tivesse financiado campanhas políticas. “Sou contraventor. Os outros crimes que me atribuem a verdade vai aparecer”, disse Arcanjo que mesmo com uma liminar deferida ontem pelo STF para que se mantivesse em silêncio durante a oitiva, não deixou de responder a nenhuma pergunta dos senadores. Confirmou que era o comandante do jogo do bicho em Mato Grosso, que tinha cassinos e era proprietário de várias factorings e empresa de off shore no Uruguai.
O ex-bicheiro ficou ao lado da mesa dos integrantes da CPI e se manteve sempre ao lado do seu advogado, Zaid Ardib. Estiveram em Cuiabá, os senadores Romeu Tuma (PFL/SP), Sibá Machado (PT-AC); Wellington Salgado (PMDB-MG); Juvêncio da Fonseca (relator/PSDB-MS), além de Antero Paes de Barros.
Fortuna
A oitiva iniciou com a pergunta sobre como Arcanjo obteve um império avaliado pela Justiça em R$ 1,2 bilhão. O ex-bicheiro negou essa cifra e voltar a admitir que tem um patrimônio avaliado em R$ 400 milhões que estariam declarados em seu Imposto de Renda. Sua fortuna, segundo ele, começou com a extração de ouro em Peixoto de Azevedo e Alta Floresta e depois, nos anos 80, com o comando do jogo do bicho. Arcanjo citou ainda negócios com piscicultura – teria sido o segundo maior produtor de peixes do mundo, e as factorings que seriam responsáveis por cerca de 70% da sua fortuna.
Negócios
Arcanjo negou que tivesse mexido com bingos. Foi indagado pelos deputados sobre se seria sócio do bingo Palácio em Brasília. A empresa teria como sócio o seu contador Luiz Alberto Dondo. Arcanjo negou e disse que não acreditava que Dondo tivesse participação no negócio. Disse que em 94 foi convidado a abrir um bingo em Cuiabá, mas recusou a proposta porque não gostava do ramo. Voltou a negar que estivesse à frente das máquinas caça-níqueis. Confirmou ser dono de cassinos e de rede de factorings.
Relação com o Poder
O ex-bicheiro negou conhecer que o Judiciário tenha participado de qualquer operação com suas factorings. Também disse que não mexeu com o governo do Estado e chegou a elogiar o ex-governador Dante de Oliveira (PSDB). Confirmou mesmo que emprestou dinheiro à Assembléia Legislativa. Não citou nomes e afirmou que toda a operação era feita pelo seu gerente Nilson Roberto Teixeira. Indagado sobre o depoimento de Nilson em 2003 que revelou uma dívida da AL com as factorings no valor de R$ 80 milhões, Arcanjo respondeu: “se o Nilson falou, eu assumo. Eu era o dono”, disse. O ex-bicheiro voltou a afirmar que nunca pagou propina para as autoridades para que seus negócios de contravenção funcionassem livremente.
Campanha Política
Arcanjo negou que tenha feito doações a políticos ou que tenha emprestado dinheiro nas factorings. Mais uma vez, jogou toda a responsabilidade do negócio nas costas do seu gerente Nilson Teixeira. Disse apenas que “era possível” que tenha ocorrido empréstimos a empresas que se destinassem às campanhas políticas.
Celso Daniel
O comendador disse que nunca falou com os empresários Ronan Mário Pinto e Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, que são suspeitos de terem mandado matar o ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT), assassinado em 2002. Negou que tenha qualquer participação em negócios com empresas de ônibus em Mato Grosso ou no Brasil. Ronan é empresário do ramo e seria sócio de uma off shore com Arcanjo no Paraguai. O ex-bicheiro negou com veemência. Voltou a dizer que nunca matou e nunca mandou matar ninguém.
À CPI, o ex-bicheiro voltou a negar que teve negócios com bingos, negou qualquer envolvimento com a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT) e que tivesse financiado campanhas políticas. “Sou contraventor. Os outros crimes que me atribuem a verdade vai aparecer”, disse Arcanjo que mesmo com uma liminar deferida ontem pelo STF para que se mantivesse em silêncio durante a oitiva, não deixou de responder a nenhuma pergunta dos senadores. Confirmou que era o comandante do jogo do bicho em Mato Grosso, que tinha cassinos e era proprietário de várias factorings e empresa de off shore no Uruguai.
O ex-bicheiro ficou ao lado da mesa dos integrantes da CPI e se manteve sempre ao lado do seu advogado, Zaid Ardib. Estiveram em Cuiabá, os senadores Romeu Tuma (PFL/SP), Sibá Machado (PT-AC); Wellington Salgado (PMDB-MG); Juvêncio da Fonseca (relator/PSDB-MS), além de Antero Paes de Barros.
Fortuna
A oitiva iniciou com a pergunta sobre como Arcanjo obteve um império avaliado pela Justiça em R$ 1,2 bilhão. O ex-bicheiro negou essa cifra e voltar a admitir que tem um patrimônio avaliado em R$ 400 milhões que estariam declarados em seu Imposto de Renda. Sua fortuna, segundo ele, começou com a extração de ouro em Peixoto de Azevedo e Alta Floresta e depois, nos anos 80, com o comando do jogo do bicho. Arcanjo citou ainda negócios com piscicultura – teria sido o segundo maior produtor de peixes do mundo, e as factorings que seriam responsáveis por cerca de 70% da sua fortuna.
Negócios
Arcanjo negou que tivesse mexido com bingos. Foi indagado pelos deputados sobre se seria sócio do bingo Palácio em Brasília. A empresa teria como sócio o seu contador Luiz Alberto Dondo. Arcanjo negou e disse que não acreditava que Dondo tivesse participação no negócio. Disse que em 94 foi convidado a abrir um bingo em Cuiabá, mas recusou a proposta porque não gostava do ramo. Voltou a negar que estivesse à frente das máquinas caça-níqueis. Confirmou ser dono de cassinos e de rede de factorings.
Relação com o Poder
O ex-bicheiro negou conhecer que o Judiciário tenha participado de qualquer operação com suas factorings. Também disse que não mexeu com o governo do Estado e chegou a elogiar o ex-governador Dante de Oliveira (PSDB). Confirmou mesmo que emprestou dinheiro à Assembléia Legislativa. Não citou nomes e afirmou que toda a operação era feita pelo seu gerente Nilson Roberto Teixeira. Indagado sobre o depoimento de Nilson em 2003 que revelou uma dívida da AL com as factorings no valor de R$ 80 milhões, Arcanjo respondeu: “se o Nilson falou, eu assumo. Eu era o dono”, disse. O ex-bicheiro voltou a afirmar que nunca pagou propina para as autoridades para que seus negócios de contravenção funcionassem livremente.
Campanha Política
Arcanjo negou que tenha feito doações a políticos ou que tenha emprestado dinheiro nas factorings. Mais uma vez, jogou toda a responsabilidade do negócio nas costas do seu gerente Nilson Teixeira. Disse apenas que “era possível” que tenha ocorrido empréstimos a empresas que se destinassem às campanhas políticas.
Celso Daniel
O comendador disse que nunca falou com os empresários Ronan Mário Pinto e Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, que são suspeitos de terem mandado matar o ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT), assassinado em 2002. Negou que tenha qualquer participação em negócios com empresas de ônibus em Mato Grosso ou no Brasil. Ronan é empresário do ramo e seria sócio de uma off shore com Arcanjo no Paraguai. O ex-bicheiro negou com veemência. Voltou a dizer que nunca matou e nunca mandou matar ninguém.
Fonte:
Midia News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/302141/visualizar/
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