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Lésbica reage como homem a feromônios femininos
Lésbicas são mais versáteis que homossexuais masculinos quando se trata de reconhecer o cheiros de parceiros --ou melhor, com os supostos feromônios presentes neles, os hormônios da atração sexual que existem nos animais mas cuja importância para o ser humano ainda é debatida.
A mesma equipe da Suécia que divulgou no ano passado que o suor masculino excita o cérebro dos homens homossexuais do mesmo modo que o de mulheres heterossexuais anuncia agora que lésbicas também ficam excitadas com ele --mas também com a urina de mulheres.
Mais especificamente, foram testadas substâncias candidatas a feromônio. Uma deriva do hormônio sexual masculino testosterona e é conhecida pela sigla AND e a outra, a EST, está relacionada ao feminino estrógeno.
O possível feromônio EST é mais fácil de localizar na urina de mulheres, assim como seu colega AND é mais facilmente detectável no suor masculino.
Os autores do estudo são os mesmos da pesquisa do ano passado, Ivanka Savic, Hans Berglund e Per Lindström, do Instituto e da Universidade Karolinska, de Estocolmo. O novo artigo também foi publicado na revista da academia de ciências dos EUA, a PNAS.
A descoberta básica do trio é que uma região do cérebro, o hipotálamo, fica ativa --acendendo luzinhas em imagens do órgão- quando homens cheiram o EST e mulheres cheiram o AND.
Foram examinados os cérebros de doze mulheres lésbicas, surpreendendo os cientistas com sua excitação pelas duas substâncias.
"Em contraste com as mulheres heterossexuais, as mulheres lésbicas processaram os estímulos de AND pelas redes olfativas e não pelo hipotálamo anterior. Mais ainda, ao cheirar EST, elas parcialmente compartilharam a ativação do hipotálamo anterior com homens heterossexuais", escrevem os autores no artigo.
Estudos de DNA indicaram que seres humanos têm genes semelhantes aos que foram ligados a feromônios em animais, mas há dúvida sobre sua funcionalidade.
A identificação dos feromônios pelo organismo se dá principalmente em um órgão chamado vomeronasal, situado na cavidade nasal mas distinto do sistema olfatório principal. Mas há dados que mostram que tanto o órgão olfatório como o vomeronasal podem detectar feromônios.
O órgão vomeronasal concentra os "receptores" para feromônios, produzidos por genes como os da família V1R.
Um estudo por cientistas dos EUA e China identificou 187 genes V1R funcionais no camundongo, 102 no rato, 49 no gambá, 32 na vaca, 8 no cachorro --e apenas quatro no ser humano.
Para a maioria dos pesquisadores, a comunicação visual substituiu a comunicação por feromônio quando se trata da atração sexual humana. O novo estudo indica que existiria ainda um papel para o sistema olfatório na atração sexual, e que a homossexualidade poderia ter alguma base biológica.
A mesma equipe da Suécia que divulgou no ano passado que o suor masculino excita o cérebro dos homens homossexuais do mesmo modo que o de mulheres heterossexuais anuncia agora que lésbicas também ficam excitadas com ele --mas também com a urina de mulheres.
Mais especificamente, foram testadas substâncias candidatas a feromônio. Uma deriva do hormônio sexual masculino testosterona e é conhecida pela sigla AND e a outra, a EST, está relacionada ao feminino estrógeno.
O possível feromônio EST é mais fácil de localizar na urina de mulheres, assim como seu colega AND é mais facilmente detectável no suor masculino.
Os autores do estudo são os mesmos da pesquisa do ano passado, Ivanka Savic, Hans Berglund e Per Lindström, do Instituto e da Universidade Karolinska, de Estocolmo. O novo artigo também foi publicado na revista da academia de ciências dos EUA, a PNAS.
A descoberta básica do trio é que uma região do cérebro, o hipotálamo, fica ativa --acendendo luzinhas em imagens do órgão- quando homens cheiram o EST e mulheres cheiram o AND.
Foram examinados os cérebros de doze mulheres lésbicas, surpreendendo os cientistas com sua excitação pelas duas substâncias.
"Em contraste com as mulheres heterossexuais, as mulheres lésbicas processaram os estímulos de AND pelas redes olfativas e não pelo hipotálamo anterior. Mais ainda, ao cheirar EST, elas parcialmente compartilharam a ativação do hipotálamo anterior com homens heterossexuais", escrevem os autores no artigo.
Estudos de DNA indicaram que seres humanos têm genes semelhantes aos que foram ligados a feromônios em animais, mas há dúvida sobre sua funcionalidade.
A identificação dos feromônios pelo organismo se dá principalmente em um órgão chamado vomeronasal, situado na cavidade nasal mas distinto do sistema olfatório principal. Mas há dados que mostram que tanto o órgão olfatório como o vomeronasal podem detectar feromônios.
O órgão vomeronasal concentra os "receptores" para feromônios, produzidos por genes como os da família V1R.
Um estudo por cientistas dos EUA e China identificou 187 genes V1R funcionais no camundongo, 102 no rato, 49 no gambá, 32 na vaca, 8 no cachorro --e apenas quatro no ser humano.
Para a maioria dos pesquisadores, a comunicação visual substituiu a comunicação por feromônio quando se trata da atração sexual humana. O novo estudo indica que existiria ainda um papel para o sistema olfatório na atração sexual, e que a homossexualidade poderia ter alguma base biológica.
Fonte:
Folha de S. Paulo
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/302185/visualizar/
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