Principal operadora da "Sanquessuga" decide hoje se entra no programa de delação premiada

A ex-funcionária do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino, que desembarcou sábado à noite em Cuiabá, deve decidir hoje se entra ou não no programa federal de delação premiada junto com o seu companheiro, Noriaque José de Magalhães.

Agora pela manhã eles serão ouvidos novamente, em caráter sigiloso, pelo advogado criminalista contratado, Eduardo Mahon, que anunciou ao Olhar Direto ser favorável à adoção do ingresso de seus dois clientes no programa federal de proteção à testemunha. O primeiro contato entre Penha e seu advogado ocorreu no sábado e o segundo no domingo pela manhã.

Penha, como é chamada pelos demais integrantes da organização, segundo a PF, foi plantada no Ministério da Saúde pelo empresário Darci José Vedoin, proprietário da Planam, empresa que vencia "todas as licitação fraudadas para fornecimento de ambulâncias às prefeituras de seis Estados e do Distrito Federal". Ela, diz a PF, era peça-chave do esquema por ser muito respeitada no Ministério e por ser de confiança do ministro.

Noriaque José, que morava com Penha e foi identificado como funcionário da Associção Mato-grossense dos Municípios (AMM), o que não é verdade, era coadjuvante nas operações realizadas pelos membros da "organização criminosa".

Ele, em verdade, era um hábil lobista que recebia dinheiro por sua atuação e pela de Penha em contas de sua mãe e de terceiros. A PF encontrou inclusive um depósito feito por um deputado (cujo nome será divulgado pelo Olhar Direto após autorização das fontes). Essa é uma prova altamente comprometedora para os parlamentares.