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Internacional
Domingo - 07 de Maio de 2006 às 10:23

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O Irã disse neste domingo que vai rejeitar qualquer resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que peça para encerrar seus trabalhos com combustível atômico e intensificou a retórica de que vai seguir os passos da Coréia do Norte e abandonar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).

O desafio foi feito depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que o Irã representa uma ameaça a Israel a outros países.

Uma proposta de resolução do Conselho de Segurança da ONU feita pela Grã-Bretanha e pela França, com apoio dos EUA, vai pedir para o Irã suspender suas atividades de enriquecimento de urânio.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse, segundo a agência de notícias oficial, IRNA: "Eles deveriam saber que os iranianos vão jogar sua resolução ilegítima contra a parede".

O Irã afirma que quer combustível atômico para usinas de energia, e não para bombas, mas não convenceu a comunidade internacional.

A proposta de resolução da ONU evoca o Capítulo 7 da ONU, que a torna legal diante da lei internacional e permite a adoção de sanções e até mesmo a guerra, apesar de serem necessárias outras resoluções para estas medidas.

França e Grã-Bretanha disseram no sábado que esperam uma votação na próxima semana e querem usar o tempo de debates para convencer as delegações da China e da Rússia, que são contra.

Mais de 160 dos 290 parlamentares do Irã disseram em comunicado que se a ONU evocar o Capítulo 7, o legislativo pedirá para o governo estudar a saída do tratado de não-proliferação.

O governo segue esta posição desde fevereiro, mas a medida dos parlamentares daria a plataforma legislativa que pode obrigar o governo a reconsiderar sua participação no acordo internacional.

Bush renovou a pressão sobre o Irã dizendo que as ameaças de Ahmadinejad de "apagar Israel do mapa" devem ser levadas a sério.

"Esta é uma ameaça séria, destinada a um aliado dos EUA e da Alemanha", disse ele ao jornal Bild no domingo.

"O que Ahmadinejad quer dizer é que está disposto a destruir um país, então ele estaria disposto a destruir outros. Esta é uma ameaça que precisa ser tratada."

Ahmadinejad também causou irritação internacional ao se referir ao Holocausto como mito. O país tem mísseis com capacidade de atingir Israel.

Mas o porta-voz do Ministério do Exterior iraniano, Hamid Reza Asefi, disse que o país não pretende lançar um ataque contra Israel.

"Não vamos dar o primeiro passo de atacar qualquer país", disse ele, ao ser questionado sobre uma possível agressão contra Israel.





Fonte: EFE

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