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Nacional
Sábado - 06 de Maio de 2006 às 17:00

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Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, de universidades públicas e privadas, ambientalistas e lideranças comunitárias participaram hoje de um seminário em defesa da Serra da Misericórdia, definida como Área de Preservação Ambiental e Recuperação Urbana. A serra, a única região de mata verde entre as zonas da Leopoldina e norte do Rio, tem sido de exploração mineral por pedreiras e de seguidos incêndios. Os estudos apresentados durante o encontro sobre a destruição do maciço rochoso serão enviados ao Ministério Público do estado, onde já existe um inquérito civil que apura as responsabilidades de órgãos municipais e estaduais na preservação da região.

O entorno da serra ainda guarda trechos de Mata Atlântica e abrange 19 bairros, com cerca de 800 mil moradores. O local vem sendo invadido por ocupações irregulares, mesmo depois do decreto municipal que há dois anos criou a área de preservação permanente.

Mais de cem pessoas participam do encontro que denuncia, entre outras questões, a ampliação recente das áreas de atuação de pedreiras, que trabalham livremente sem fiscalização.

Outro ponto é o abandono, pela prefeitura do Rio, do trabalho de reflorestamento que vem sendo realizado no trecho do bairro de Inhaúma por voluntários da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Rural.

Para o representante do Fórum Cidadão da Baía de Guanabara, Sérgio Ricardo, a licença ambiental conseguida por essas empresas não pode ser confundida com autorização para poluir e depredar. Ele lembrou que o decreto de criação da área previa um plano de desativação das pedreiras, o que não ocorreu.





Fonte: Terra

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