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Sábado - 06 de Maio de 2006 às 07:52
Por: Marcondes Maciel

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O cenário de retração no agronegócio mato-grossense não deverá impedir este ano o crescimento nas vendas do comércio no Dia das Mães, a ser comemorado no próximo dia 14. A previsão é do presidente da Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso (Fecomércio/MT), Pedro Nadaf, que aposta em um incremento de 8% em relação ao registrado nas vendas do ano passado.

“Apesar da crise, projetamos crescimento este ano, apesar da economia estar extremamente desaquecida. Quando isto ocorre, a tendência é os consumidores aproveitarem as datas comemorativas para consumir mais. Mas não podemos considerar um aquecimento, já que o movimento é sanozal e só ocorre naquele período”, analisa Nadaf.

Ele afirmou que este ano as empresas irão fazer tudo o que estiver ao alcance para atrair os consumidores e mudar o quadro recessivo que está impondo perdas ao comércio.

Na opinião do dirigente, só há um jeito de reverter este cenário: fazendo promoções e concedendo facilidades para os consumidores.

“As empresas baixaram as taxas de juros e estão oferecendo facilidades nas vendas a prazo”, lembra o presidente da Fecomércio. “Além disso, estão vendendo produtos mais baratos para atrair os consumidores, com taxas mais baixas”, ressalta.

De acordo com o presidente da Fecomércio, nas compras em até três pagamentos muitas lojas estão trabalhando com taxa zero de juro.

“No último levantamento que realizamos, a pesquisa mostrou que cerca de 80% das empresas praticam taxas médias de 4% e apenas 10% das lojas trabalham com juros acima de 6%. O consumidor vem obtendo reduções significativas ano a ano e este é um bom indicador para o incremento nas vendas a prazo”.

Ele disse que o comércio está atento e procurando ser seletivo nas vendas a prazo. “Temos um ótimo sistema de controle que garante segurança ao comércio”.

Ele informou que mais de 20 mil empresas mato-grossenses contam com o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), ferramenta das associações comerciais que disponibiliza informações instantâneas sobre a situação dos consumidores.

TAXA SELIC -- Para o presidente da Fecomércio, a última redução da taxa Selic (em 0,75%) pode trazer aquecimento do mercado. “O impacto das flutuações da taxa Selic, entretanto, é demorado e leva pelo menos 45 dias para chegar ao consumidor”.

Segundo ele, o nível de endividamento dos consumidores hoje é 22% maior que em 2005. A maior taxa está concentrada nos empréstimos consignados, feitos por meio de descontos automáticos na folha de pagamento.





Fonte: Diário de Cuiabá

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