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Cerrado tem a primeira cultivar de cevada cervejeira de porte anão
Essa cultivar, desenvolvida pela Embrapa Trigo, foi registrada para cultivo na Região Sul em 2000 e após vários anos de pesquisa em melhoramento e manejo da cultura foi selecionada para cultivo no Cerrado.
No Programa de Pesquisa de Cevada para áreas de Cerrado, a Embrapa Cerrados (Planaltina-DF) e a Embrapa Trigo (Passo Fundo-RS), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, introduziram germoplasma de diversas origens e selecionaram a cultivar BRS 195, em razão do seu excelente desempenho.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados, Renato Fernando Amabile, as principais características da BRS 195 são: duas fileiras de grãos, ampla adaptação, alto potencial produtivo, qualidade do tipo cervejeiro e competitividade em relação às demandas dos agricultores e aos padrões exigidos pela indústria de malte. A variedade é recomendada para o Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais (altitudes acima de 800 m) em sistema irrigado.
Em comparação a maioria das variedades de cevada, a BRS 195 tem ciclo precoce. Atinge o espigamento em média de 68 dias após a emergência (1044 graus dias) e a maturação fisiológica ocorre entre 115 e 120 dias após a emergência (1605 graus dias). Apresenta porte anão com altura média de 69 centímetros, tendo em condições normais de desenvolvimento, bom nível de resistência ao acamamento.
A BRS 195 é resistente à mancha-reticular, sendo menos vulnerável à brusone em comparação à BRS 180, cevada de seis fileiras introduzida e adaptada às condições do Cerrado. Sua peculiaridade é ser resistente ao excesso de nitrogênio, o que faz aumentar o índice de proteína do cereal e a torna inadequada para a indústria malteira.
O potencial de produção de grãos da BRS 195 é superior a 7.000 quilos por hectare, tendo atingido 7.200 quilos por hectare em lavouras comerciais no Cerrado. Em condições experimentais, alcançou rendimento de 8.246 quilos por hectare.
Maio é época de semeadura
Os melhores resultados são obtidos em semeaduras realizadas entre 10 a 30 de maio, com populações de planta variando de 250 a 300 plantas emergidas por metro quadrado. O pesquisador da Embrapa Cerrados explica que os plantios anteriores a essa data podem sofrer ataques mais intensos de doenças e posteriores a ela podem enfrentar maiores possibilidades de chuva na colheita, comprometendo a qualidade do grão. É indicado que as sementes sejam colocadas entre dois e três centímetros de profundidade e nunca exceder a cinco centímetros.
As recomendações de corretivos e de fertilizantes devem ser baseadas em resultados de análises de solo. Em geral, são utilizados de 80 a 110 quilos por hectare de fósforo e 45 a 60 quilos por hectare de potássio. A adubação nitrogenada deve ser feita na semeadura (20 quilos por hectare de nitrogênio) e em cobertura, com no máximo 30 quilos por hectare.
Para que o nitrogênio aplicado tardiamente não afete a qualidade cervejeira do grão, ela deverá ser feita no início do perfilhamento, ou seja, a partir do surgimento da segunda folha na planta.
Manejo da irrigação
Cada estádio fenológico de BRS 195 tem necessidade hídrica distinta. Visando ao estabelecimento da população de plantas desejado, no período após a semeadura, deve-se fazer três a quatro irrigações com lâminas de água entre 10 e 15 milímetros em intervalos de dois dias.
Uma vez estabelecida a cultura, a irrigação deverá ser efetuada sempre que os tensiômetros, instalados a 30 centímetros de profundidade, atingirem 60 kPa. O pesquisador da Embrapa Cerrados alerta que irrigações muito freqüentes ou água em excesso até o espigamento contribuem para o crescimento excessivo, enfraquecendo a planta, o que aumenta a possibilidade de acamamento delas ainda na fase vegetativa.
“A fase do emborrachamento-espigamento até o enchimento do grão é a que a planta necessita de maior quantidade de água, mas o excesso desta ou a umidade podem favorecer o aparecimento de doenças como a brusone. A suspensão da irrigação somente deve ocorrer na maturação fisiológica dos grãos nos perfilhos mais tardios da lavoura”, explica Amabile.
Buscando tornar a prática do manejo de irrigação mais acessível e rotineira, a Embrapa Cerrados, usando resultados de pesquisa de mais de 20 anos, desenvolveu o Programa de Monitoramento de Irrigação para o Cerrado - disponível no site: www.cpac.embrapa.br.
Trata-se de ferramenta que permite estimar, com a confiabilidade necessária, a lâmina líquida a ser aplicada e o intervalo entre irrigações a ser adotado ao longo do ciclo da BRS 195. A colheita deve ser realizada quando os grãos atingirem 13% de umidade, tendo-se o cuidado com o ajuste e regulagem adequado do equipamento de colheita para evitar quebra de grãos e outras perdas durante a operação.
No Programa de Pesquisa de Cevada para áreas de Cerrado, a Embrapa Cerrados (Planaltina-DF) e a Embrapa Trigo (Passo Fundo-RS), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, introduziram germoplasma de diversas origens e selecionaram a cultivar BRS 195, em razão do seu excelente desempenho.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados, Renato Fernando Amabile, as principais características da BRS 195 são: duas fileiras de grãos, ampla adaptação, alto potencial produtivo, qualidade do tipo cervejeiro e competitividade em relação às demandas dos agricultores e aos padrões exigidos pela indústria de malte. A variedade é recomendada para o Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais (altitudes acima de 800 m) em sistema irrigado.
Em comparação a maioria das variedades de cevada, a BRS 195 tem ciclo precoce. Atinge o espigamento em média de 68 dias após a emergência (1044 graus dias) e a maturação fisiológica ocorre entre 115 e 120 dias após a emergência (1605 graus dias). Apresenta porte anão com altura média de 69 centímetros, tendo em condições normais de desenvolvimento, bom nível de resistência ao acamamento.
A BRS 195 é resistente à mancha-reticular, sendo menos vulnerável à brusone em comparação à BRS 180, cevada de seis fileiras introduzida e adaptada às condições do Cerrado. Sua peculiaridade é ser resistente ao excesso de nitrogênio, o que faz aumentar o índice de proteína do cereal e a torna inadequada para a indústria malteira.
O potencial de produção de grãos da BRS 195 é superior a 7.000 quilos por hectare, tendo atingido 7.200 quilos por hectare em lavouras comerciais no Cerrado. Em condições experimentais, alcançou rendimento de 8.246 quilos por hectare.
Maio é época de semeadura
Os melhores resultados são obtidos em semeaduras realizadas entre 10 a 30 de maio, com populações de planta variando de 250 a 300 plantas emergidas por metro quadrado. O pesquisador da Embrapa Cerrados explica que os plantios anteriores a essa data podem sofrer ataques mais intensos de doenças e posteriores a ela podem enfrentar maiores possibilidades de chuva na colheita, comprometendo a qualidade do grão. É indicado que as sementes sejam colocadas entre dois e três centímetros de profundidade e nunca exceder a cinco centímetros.
As recomendações de corretivos e de fertilizantes devem ser baseadas em resultados de análises de solo. Em geral, são utilizados de 80 a 110 quilos por hectare de fósforo e 45 a 60 quilos por hectare de potássio. A adubação nitrogenada deve ser feita na semeadura (20 quilos por hectare de nitrogênio) e em cobertura, com no máximo 30 quilos por hectare.
Para que o nitrogênio aplicado tardiamente não afete a qualidade cervejeira do grão, ela deverá ser feita no início do perfilhamento, ou seja, a partir do surgimento da segunda folha na planta.
Manejo da irrigação
Cada estádio fenológico de BRS 195 tem necessidade hídrica distinta. Visando ao estabelecimento da população de plantas desejado, no período após a semeadura, deve-se fazer três a quatro irrigações com lâminas de água entre 10 e 15 milímetros em intervalos de dois dias.
Uma vez estabelecida a cultura, a irrigação deverá ser efetuada sempre que os tensiômetros, instalados a 30 centímetros de profundidade, atingirem 60 kPa. O pesquisador da Embrapa Cerrados alerta que irrigações muito freqüentes ou água em excesso até o espigamento contribuem para o crescimento excessivo, enfraquecendo a planta, o que aumenta a possibilidade de acamamento delas ainda na fase vegetativa.
“A fase do emborrachamento-espigamento até o enchimento do grão é a que a planta necessita de maior quantidade de água, mas o excesso desta ou a umidade podem favorecer o aparecimento de doenças como a brusone. A suspensão da irrigação somente deve ocorrer na maturação fisiológica dos grãos nos perfilhos mais tardios da lavoura”, explica Amabile.
Buscando tornar a prática do manejo de irrigação mais acessível e rotineira, a Embrapa Cerrados, usando resultados de pesquisa de mais de 20 anos, desenvolveu o Programa de Monitoramento de Irrigação para o Cerrado - disponível no site: www.cpac.embrapa.br.
Trata-se de ferramenta que permite estimar, com a confiabilidade necessária, a lâmina líquida a ser aplicada e o intervalo entre irrigações a ser adotado ao longo do ciclo da BRS 195. A colheita deve ser realizada quando os grãos atingirem 13% de umidade, tendo-se o cuidado com o ajuste e regulagem adequado do equipamento de colheita para evitar quebra de grãos e outras perdas durante a operação.
Fonte:
24Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/302922/visualizar/
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