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Cidades/Geral
Sexta - 05 de Maio de 2006 às 09:03
Por: Adilson Rosa

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O taxista Luiz Carlos da Conceição, de 50 anos, foi executado com quatro tiros ontem de manhã, na estrada da Ponte de Ferro, em Cuiabá. O cadáver foi abandonado próximo de um matagal. O taxi dele, um Fiat Uno, seria abandonado no bairro Novo Paraíso II. O latrocínio (roubo seguido de morte) ocorreu após as 6 horas.

Segundo colegas de profissão, nesse horário ele estava em seu ponto de táxi, no CPA II. Um outro taxista informou que Luiz Carlos recebeu uma ligação em seu celular e saiu para fazer a corrida. “Não havia mais ninguém no ponto e não sei para onde ele foi. Saí antes”, disse um taxista que esteve no IML (Instituto de Medicina Legal) para fazer o reconhecimento.

Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) suspeitam que o crime seja vingança por parte de alguns rapazes. Na semana passada, o taxista teria recusado uma corrida de três jovens, pois os considerou suspeito. “Esses rapazes ficaram revoltados e disseram que iriam acertá-lo”, disse um taxista.

Testemunhas disseram que o táxi foi abandonado numa rua do Novo Paraíso por volta das 8 horas. Três rapazes foram vistos saindo da veículo – um deles aparentava ser adolescente. Horas depois, policiais da DHPP estiveram no local, mas não localizaram os suspeitos.

“Fiquei sabendo que o carro tinha sido abandonado numa rua. Fui até lá e não encontrei nada de anormal”, disse um taxista que mexeu no veículo.

Para o delegado João Bosco de Barros, os taxistas não poderiam ter aberto o Fiat Uno da vítima. “Muitas provas foram destruídas. Poderíamos ter colhido as impressões digitais dos criminosos”, observou.

A morte do taxista foi passada por via rádio aos colegas. Em poucos minutos, mais de 30 profissionais chegaram ao IML para fazer a identificação. O delegado, com uma câmera digital, tirou uma foto do cadáver e mostrou para os taxistas, que o identificaram.

Os taxistas estavam revoltados. Disseram que o crime foi uma covardia, pois Luiz Carlos trabalhava há 15 anos no mesmo ponto e nunca teve atrito com alguém. “O Luiz morava ali perto. Era amigo de todo mundo”, disse um taxista.

Ontem à tarde, o taxista que encontrou o carro tentou fazer o reconhecimento através de fotografias da Delegacia do Complexo do Planalto, mas não obteve êxito.





Fonte: diario de cuiabá

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