Repórter News - reporternews.com.br
Esmagadoras de soja em MS tem estoques para apenas 7 dias
Embora apenas a Sperafico Agroindustrial, uma das quatro maiores esmagadoras de soja instaladas em Mato Grosso do Sul, tenha declarado ao Midiamax que ainda pode suportar sete dias sem o fornecimento de sua matéria-prima, devido ao bloqueio dos produtores do Estado, informações não oficiais dão conta que os estoques próprios das empresas ADM, Cargil e Bunge/Ceval, também não devem conseguir suportar além deste período, assim, as industrias de esmagamento do soja devem paralizar suas atividades no máximo em dez dias, caso não seja normalizado o fornecimento dos grãos.
Das multinacionais, apenas a assessoria da ADM respondeu a reportagem, no entanto, disse que até ontem, dia 3, o esmagamento estava sem alterações, mas não poderia responder por hoje, já que seus diretores estariam reunidos para definir sua estratégia diante ao bloqueio dos produtores. Até a publicação da matéria a empresa não retornou confirmando o seu posicionamento.
No Estado a ADM teria capacidade de esmagamento diário de 1,2 mil toneladas de soja. A Cargil, que possui capacidade 2 mil toneladas dia e a Bung/Ceval unidade de Dourados com 1,6 toneladas dia, também não responderam a reportagem. No entanto, informações não oficiais do setor dão conta que estas empresas estão esmagando normalmente devido ao uso de seus estoques, mas não poderiam suportar muito além de uma semana sem receber a matéria-prima.
Com uma política diferente, a Sperafico Agroindustrial que possui duas unidades industriais no Estado, confirmou que seus estoques não suportam muito além de uma semana. “Desde terça-feira, dia 2, não recebemos soja em nossa unidade de Bataguassu, só estamos embarcando farelo de soja e óleo para Paranaguá”, declarou o gerente administrativo Carlos Eduardo Atkinson.
Segundo Atkinson, em sua unidade que possui 120 funcionários, grande parte de sua matéria prima vem do Estado e seus estoques próprios não suportam dez dias. “Nossos fornecedores são de São Gabriel, Rio Brilhante, Dourados, Campo Grande, enfim desta região, e para mantermos nosso esmagamento de 1,5 mil toneladas dia nossos estoques são de 10 mil toneladas, portanto, se não liberarem a soja, não suporto dez dia, vou ser obrigado a parar”, declara.
Já Evandro dos Santos, gerente comercial da outra unidade de esmagamento da empresa no Estado, instalada em Ponta Porão e também com capacidade de esmagamento de 1,5 mil toneladas dias, conta que na sua unidade, não recebe a soja desde sexta-feira, dia 28 de abril. “Aqui, na realidade estamos de sexta-feira sem receber o produto, e na região ainda temos que receber 60 mil toneladas, o que representa 30% do que iríamos esmagar nesta safra. No caso do Farelo de soja, já não temos mais lugar para armazenar o produto e mais dois dias teremos que parar de industrializar”, destaca.
Santos ainda lembra que embora não tivesse que cancelar contratos, em virtude da paralisação, está perdendo de realizar pequenas vendas internas. “No caso do farelo, não estamos podendo vender para os produtores da região, para o confinamento de bovinos ou de suínos, já que não estamos podendo entregar. Estamos perdendo de vender aproximadamente 1,5 mil toneladas de farelo de soja”, lamenta.
No entanto, o movimento para Santos é positivo para o setor, mesmo perdendo neste momento. “Toda a classe está perdendo, não só o produtor, porque se ele estivesse vendendo a sua soja a R$ 40 a saca, não estaríamos nesta situação, mas ele está recebendo R$ 19,80 líquido, ou seja, bruto ele recebe R$ 20,50, mas tem que descontar 2,3% funrural, então sobra R$ 20,03, e desconta mais R$ 0,23 por saca para o fundersul, ele fica com R$ 19,80”, conclui.
A Sperafico possui cinco fábricas de esmagamento de soja no Brasil, instaladas nas cidades de Marechal Cândido Rondon (PR), Ponta Porã (MS), Bataguassu (MS), Cuiabá (MT) e Orlândia (SP). Na parte de industrialização produz lecitina de soja, óleo vegetal bruto, óleo refinado e enlatado, gordura vegetal hidrogenada, farelo a granel e ensacado, rações para animais, sabão em barra e farinha de trigo. Dentro desta linha há uma categoria de produtos que é vendida diretamente ao consumidor levando a marca.
Das multinacionais, apenas a assessoria da ADM respondeu a reportagem, no entanto, disse que até ontem, dia 3, o esmagamento estava sem alterações, mas não poderia responder por hoje, já que seus diretores estariam reunidos para definir sua estratégia diante ao bloqueio dos produtores. Até a publicação da matéria a empresa não retornou confirmando o seu posicionamento.
No Estado a ADM teria capacidade de esmagamento diário de 1,2 mil toneladas de soja. A Cargil, que possui capacidade 2 mil toneladas dia e a Bung/Ceval unidade de Dourados com 1,6 toneladas dia, também não responderam a reportagem. No entanto, informações não oficiais do setor dão conta que estas empresas estão esmagando normalmente devido ao uso de seus estoques, mas não poderiam suportar muito além de uma semana sem receber a matéria-prima.
Com uma política diferente, a Sperafico Agroindustrial que possui duas unidades industriais no Estado, confirmou que seus estoques não suportam muito além de uma semana. “Desde terça-feira, dia 2, não recebemos soja em nossa unidade de Bataguassu, só estamos embarcando farelo de soja e óleo para Paranaguá”, declarou o gerente administrativo Carlos Eduardo Atkinson.
Segundo Atkinson, em sua unidade que possui 120 funcionários, grande parte de sua matéria prima vem do Estado e seus estoques próprios não suportam dez dias. “Nossos fornecedores são de São Gabriel, Rio Brilhante, Dourados, Campo Grande, enfim desta região, e para mantermos nosso esmagamento de 1,5 mil toneladas dia nossos estoques são de 10 mil toneladas, portanto, se não liberarem a soja, não suporto dez dia, vou ser obrigado a parar”, declara.
Já Evandro dos Santos, gerente comercial da outra unidade de esmagamento da empresa no Estado, instalada em Ponta Porão e também com capacidade de esmagamento de 1,5 mil toneladas dias, conta que na sua unidade, não recebe a soja desde sexta-feira, dia 28 de abril. “Aqui, na realidade estamos de sexta-feira sem receber o produto, e na região ainda temos que receber 60 mil toneladas, o que representa 30% do que iríamos esmagar nesta safra. No caso do Farelo de soja, já não temos mais lugar para armazenar o produto e mais dois dias teremos que parar de industrializar”, destaca.
Santos ainda lembra que embora não tivesse que cancelar contratos, em virtude da paralisação, está perdendo de realizar pequenas vendas internas. “No caso do farelo, não estamos podendo vender para os produtores da região, para o confinamento de bovinos ou de suínos, já que não estamos podendo entregar. Estamos perdendo de vender aproximadamente 1,5 mil toneladas de farelo de soja”, lamenta.
No entanto, o movimento para Santos é positivo para o setor, mesmo perdendo neste momento. “Toda a classe está perdendo, não só o produtor, porque se ele estivesse vendendo a sua soja a R$ 40 a saca, não estaríamos nesta situação, mas ele está recebendo R$ 19,80 líquido, ou seja, bruto ele recebe R$ 20,50, mas tem que descontar 2,3% funrural, então sobra R$ 20,03, e desconta mais R$ 0,23 por saca para o fundersul, ele fica com R$ 19,80”, conclui.
A Sperafico possui cinco fábricas de esmagamento de soja no Brasil, instaladas nas cidades de Marechal Cândido Rondon (PR), Ponta Porã (MS), Bataguassu (MS), Cuiabá (MT) e Orlândia (SP). Na parte de industrialização produz lecitina de soja, óleo vegetal bruto, óleo refinado e enlatado, gordura vegetal hidrogenada, farelo a granel e ensacado, rações para animais, sabão em barra e farinha de trigo. Dentro desta linha há uma categoria de produtos que é vendida diretamente ao consumidor levando a marca.
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/302976/visualizar/
Comentários