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Protestos e prejuízos causam paralizaçaõ de ferrovias
Quem conseguiu passar pelos bloqueios feitos ao Norte de Mato Grosso certamente ficou “preso” ao Sul até ontem às 14h. A Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC/MT) calcula que mais de oito mil caminhões e carretas tiveram o tráfego impedido em razão dos protestos do movimento Grito do Ipiranga, deflagrado no dia 1º na região de Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá). Desde então, cerca de 300 mil toneladas (t) de produtos e cargas fracionadas -- grãos, industrializados, combustíveis, carnes e madeiras -- deixaram de sair diariamente do Estado. Autônomos e transportadoras calculam perdas diárias de R$ 12 milhões, que até ontem somavam R$ 48 milhões.
Mas o diretor executivo da ATC/MT, Miguel Mendes, alerta: “Ontem o trânsito foi liberado por volta das 14h, depois de 28 horas de interdição, e será retomado hoje às 6h. A partir de segunda-feira, o bloqueio será total -- sem hora para terminar -- e vai travar o trânsito dentro de Mato Grosso justamente nesse período de pico de safra”.
Ontem, os protestos dos produtores contra a falta de uma política ao setor por parte da União entraram no 11º dia pelo Estado e no 17º dia desde o nascimento do movimento, no dia 17, em Ipiranga do Norte (162 quilômetros de Sinop, ao Norte estadual).
SITUAÇÃO -– Hoje, a partir das 14h, as lideranças do segmentos de transportadoras dos estados de Mato Grosso, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estarão reunidos na capital paulista para avaliar a mobilização que toma conta de Mato Grosso e a adesão desses quatro estados. “Existe uma perspectiva de que a adesão venha no dia 15, mas somente após essa reunião é que tudo estará definido”, aponta Mendes.
Mesmo com as perdas, pelos trancamentos das rodovias, a ATC/MT frisa que está solidária ao movimento. O diretor da entidade explica que a crise do agronegócio se estendeu sobre o segmento de cargas e transportes. “Somente nestes dias de manifestos a demanda por caminhões caiu em 90%”.
Mendes conta que o descasamento entre receita e despesa -- como acontece exatamente no agronegócio e ponto “x” dos manifestos -– está obrigando as empresas e os autônomos a trabalhem com perdas de 20% sobre o custo de operação. “De um frete de R$ 1 mil, por exemplo, somente os custos com óleo diesel consomem cerca de R$ 500 a R$ 600, o restante, cerca de R$ 400, não é suficiente para cobrir os outros custos da planilha, como manutenção do caminhão e salários. Precisaríamos de uma recuperação de 20% da margem de lucro para empatar despesa e receita”. Ele acrescenta que depois de duas safras ruins ao Estado há uma oferta de frete maior que a demanda, “e isso derruba os preços ainda mais”.
ESMAGADORAS -– Os protestos em Rondonópolis também impedem a entrada e saída de grãos e produtos das esmagadoras instaladas na cidade. Mendes explica que tratores impedem o trânsito habitual nas multinacionais. “Permanece operando quem tem estoques, mas não escoa o farelo e nem o óleo de soja produzidos. Com o impedimento dos descarregamentos do grão, a paralisação temporária é inevitável”.
SEFAZ -– De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), os bloqueios não impactam na arrecadação estadual. “Os bloqueios apenas adiam o recolhimento de impostos, mas não afetam o volume a receber”.
FERRONORTE -- Produtores de Alto Araguaia (460 quilômetros ao Sudoeste de Cuiabá) trancaram ontem a Ferronorte. Os manifestantes colocaram máquinas e tratores sobre os trilhos da ferrovia dentro de propriedades particulares. Segundo o produtor Paulo de Tarso Serafim, cerca de 56 vagões carregados ficaram parados. De acordo com as lideranças, os produtores estão dispostos a permanecer no bloqueio até o dia 03 de outubro, caso a União não atenda as reivindicações do setor.
Além do segmento de transportadores, o Grito do Ipiranga contabiliza adesões da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), de 130 prefeituras municipais e da sociedade civil organizada.
Mas o diretor executivo da ATC/MT, Miguel Mendes, alerta: “Ontem o trânsito foi liberado por volta das 14h, depois de 28 horas de interdição, e será retomado hoje às 6h. A partir de segunda-feira, o bloqueio será total -- sem hora para terminar -- e vai travar o trânsito dentro de Mato Grosso justamente nesse período de pico de safra”.
Ontem, os protestos dos produtores contra a falta de uma política ao setor por parte da União entraram no 11º dia pelo Estado e no 17º dia desde o nascimento do movimento, no dia 17, em Ipiranga do Norte (162 quilômetros de Sinop, ao Norte estadual).
SITUAÇÃO -– Hoje, a partir das 14h, as lideranças do segmentos de transportadoras dos estados de Mato Grosso, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estarão reunidos na capital paulista para avaliar a mobilização que toma conta de Mato Grosso e a adesão desses quatro estados. “Existe uma perspectiva de que a adesão venha no dia 15, mas somente após essa reunião é que tudo estará definido”, aponta Mendes.
Mesmo com as perdas, pelos trancamentos das rodovias, a ATC/MT frisa que está solidária ao movimento. O diretor da entidade explica que a crise do agronegócio se estendeu sobre o segmento de cargas e transportes. “Somente nestes dias de manifestos a demanda por caminhões caiu em 90%”.
Mendes conta que o descasamento entre receita e despesa -- como acontece exatamente no agronegócio e ponto “x” dos manifestos -– está obrigando as empresas e os autônomos a trabalhem com perdas de 20% sobre o custo de operação. “De um frete de R$ 1 mil, por exemplo, somente os custos com óleo diesel consomem cerca de R$ 500 a R$ 600, o restante, cerca de R$ 400, não é suficiente para cobrir os outros custos da planilha, como manutenção do caminhão e salários. Precisaríamos de uma recuperação de 20% da margem de lucro para empatar despesa e receita”. Ele acrescenta que depois de duas safras ruins ao Estado há uma oferta de frete maior que a demanda, “e isso derruba os preços ainda mais”.
ESMAGADORAS -– Os protestos em Rondonópolis também impedem a entrada e saída de grãos e produtos das esmagadoras instaladas na cidade. Mendes explica que tratores impedem o trânsito habitual nas multinacionais. “Permanece operando quem tem estoques, mas não escoa o farelo e nem o óleo de soja produzidos. Com o impedimento dos descarregamentos do grão, a paralisação temporária é inevitável”.
SEFAZ -– De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), os bloqueios não impactam na arrecadação estadual. “Os bloqueios apenas adiam o recolhimento de impostos, mas não afetam o volume a receber”.
FERRONORTE -- Produtores de Alto Araguaia (460 quilômetros ao Sudoeste de Cuiabá) trancaram ontem a Ferronorte. Os manifestantes colocaram máquinas e tratores sobre os trilhos da ferrovia dentro de propriedades particulares. Segundo o produtor Paulo de Tarso Serafim, cerca de 56 vagões carregados ficaram parados. De acordo com as lideranças, os produtores estão dispostos a permanecer no bloqueio até o dia 03 de outubro, caso a União não atenda as reivindicações do setor.
Além do segmento de transportadores, o Grito do Ipiranga contabiliza adesões da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), de 130 prefeituras municipais e da sociedade civil organizada.
Fonte:
diario de cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/303000/visualizar/
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