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Sanguesugas da Saúde
Uma mega-operação desencadeada ontem pela Polícia Federal em Mato Grosso e outros seis Estados resultou na prisão de 46 pessoas envolvidas com fraude na licitação de compras de ambulância por 75 prefeituras em todo país.
O golpe, segundo a PF, causou um prejuízo de cerca de R$ 110 milhões aos cofres públicos nos últimos cinco anos. A operação denominada “Sanguessuga”, envolvendo 250 policiais e 50 delegados, cumpriu 40 mandados de busca e apreensão e 54 mandados de prisão. Além da prisão, a PF solicitou o seqüestro dos bens e bloqueio das contas correntes dos envolvidos. Vinte e uma pessoas de Mato Grosso foram presas.
Na lista estão ex-deputado federal Ronivon Santiago (PP-AC) e Bispo Rodrigues (PFL-RJ). O primeiro foi preso em seu Estado e o segundo se apresentou à sede da PF em Brasília no início da tarde.
A PF aponta cinco pessoas da família Trevisan-Vedoin de Cuiabá como os líderes do grupo: Darci José Vedoin, Célia Maria Trevisan Vedoin, Luiz Antônio Trevisan Vedoin, Alessandra Trevisan Vedoin e Ivo Marcelo Spíndola da Rosa, marido de Alessandra. O empresário Ronildo Pereira de Medeiros, por sua vez, é apontado como chefe de outra ramificação: era o responsável pelo fornecimento de equipamentos hospitalares.
Outra pessoa apontada como integrante do grupo, Maria da Penha Lino é ex-funcionária da Planam e atualmente ocupa um cargo de confiança no Ministério da Saúde. Ela foi presa em Brasília.
Segundo o superintendente da PF em Mato Grosso, Aldair da Rocha, a família Trevisan-Vedoin é proprietária das empresas Planam Representação e Comércio e Santa Maria Representação e Comércio, que revendiam ambulâncias e equipamentos hospitalares a prefeituras, principalmente a partir de dinheiro oriundo de emendas parlamentares.
Todas as 54 pessoas estão com a prisão temporária decretada por cinco dias sob acusação de vários crimes, incluindo corrupção passiva, falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos.
O superintendente da PF explicou que a organização era sediada em Cuiabá, onde o grupo atuava em fraudes nas licitações na compra de ambulâncias e equipamentos. “Foram mais de mil ambulâncias vendidas de forma fraudulenta a municípios não só de Mato Grosso como de todo o país”, explicou o delegado. A PF descobriu que 311 veículos foram comprados por R$ 40 mil cada e revendidos às prefeituras por até R$ 82 mil, gerando um lucro de mais de 100%.
Conforme a PF, a quadrilha utilizava de funcionários públicos – em alguns casos assessores de deputados federais – para agilizar a liberação da emenda parlamentar junto ao Ministério da Saúde. Com a interferência da ex-funcionária da Planam, o dinheiro seguia ao município.
Na comissão de licitação o bando voltava a atuar. Nessa etapa, as empresas Planam e Santa Maria atuavam na venda das ambulância e a empresa Klasse se encarregava de fornecer equipamentos hospitalares. “Se o valor do veículo fosse superior a R$ 80 mil, que é o teto para a modalidade carta-convite, o edital era modificado e dividido em dois. Primeiro era vendido apenas o veículo. Depois, os equipamentos”, explicou o delegado federal Tardeli Boaventura, que chefiou as investigações.
Para o delegado, a forma sincronizada como agiam os integrantes do grupo expressava o mais puro e verdadeiro conceito do que se chama de organização criminosa. “Tudo sincronizado e todos agindo e interagindo de forma perfeita”.
Conforme o delegado, as investigações começaram a partir de uma vasta documentação recebida do Ministério Público Federal (MPF) após detecção de fortes indícios de crimes contra a ordem tributária e fraude licitatória praticados pelas empresas Planam e Santa Maria.
O MPF suspeitou de vendas superfaturadas de ambulâncias a municípios mato-grossenses. Diante das denúncias, o instaurou 70 inquéritos, em 2004 para investigar as fraudes. Na próxima semana, o delgado conclui as investigações e indicia os envolvidos. “Essas pessoas praticaram os crimes de formação de quadrilha, fraude nas licitações e lavagem de dinheiro”, explicou o delegado.
O golpe, segundo a PF, causou um prejuízo de cerca de R$ 110 milhões aos cofres públicos nos últimos cinco anos. A operação denominada “Sanguessuga”, envolvendo 250 policiais e 50 delegados, cumpriu 40 mandados de busca e apreensão e 54 mandados de prisão. Além da prisão, a PF solicitou o seqüestro dos bens e bloqueio das contas correntes dos envolvidos. Vinte e uma pessoas de Mato Grosso foram presas.
Na lista estão ex-deputado federal Ronivon Santiago (PP-AC) e Bispo Rodrigues (PFL-RJ). O primeiro foi preso em seu Estado e o segundo se apresentou à sede da PF em Brasília no início da tarde.
A PF aponta cinco pessoas da família Trevisan-Vedoin de Cuiabá como os líderes do grupo: Darci José Vedoin, Célia Maria Trevisan Vedoin, Luiz Antônio Trevisan Vedoin, Alessandra Trevisan Vedoin e Ivo Marcelo Spíndola da Rosa, marido de Alessandra. O empresário Ronildo Pereira de Medeiros, por sua vez, é apontado como chefe de outra ramificação: era o responsável pelo fornecimento de equipamentos hospitalares.
Outra pessoa apontada como integrante do grupo, Maria da Penha Lino é ex-funcionária da Planam e atualmente ocupa um cargo de confiança no Ministério da Saúde. Ela foi presa em Brasília.
Segundo o superintendente da PF em Mato Grosso, Aldair da Rocha, a família Trevisan-Vedoin é proprietária das empresas Planam Representação e Comércio e Santa Maria Representação e Comércio, que revendiam ambulâncias e equipamentos hospitalares a prefeituras, principalmente a partir de dinheiro oriundo de emendas parlamentares.
Todas as 54 pessoas estão com a prisão temporária decretada por cinco dias sob acusação de vários crimes, incluindo corrupção passiva, falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos.
O superintendente da PF explicou que a organização era sediada em Cuiabá, onde o grupo atuava em fraudes nas licitações na compra de ambulâncias e equipamentos. “Foram mais de mil ambulâncias vendidas de forma fraudulenta a municípios não só de Mato Grosso como de todo o país”, explicou o delegado. A PF descobriu que 311 veículos foram comprados por R$ 40 mil cada e revendidos às prefeituras por até R$ 82 mil, gerando um lucro de mais de 100%.
Conforme a PF, a quadrilha utilizava de funcionários públicos – em alguns casos assessores de deputados federais – para agilizar a liberação da emenda parlamentar junto ao Ministério da Saúde. Com a interferência da ex-funcionária da Planam, o dinheiro seguia ao município.
Na comissão de licitação o bando voltava a atuar. Nessa etapa, as empresas Planam e Santa Maria atuavam na venda das ambulância e a empresa Klasse se encarregava de fornecer equipamentos hospitalares. “Se o valor do veículo fosse superior a R$ 80 mil, que é o teto para a modalidade carta-convite, o edital era modificado e dividido em dois. Primeiro era vendido apenas o veículo. Depois, os equipamentos”, explicou o delegado federal Tardeli Boaventura, que chefiou as investigações.
Para o delegado, a forma sincronizada como agiam os integrantes do grupo expressava o mais puro e verdadeiro conceito do que se chama de organização criminosa. “Tudo sincronizado e todos agindo e interagindo de forma perfeita”.
Conforme o delegado, as investigações começaram a partir de uma vasta documentação recebida do Ministério Público Federal (MPF) após detecção de fortes indícios de crimes contra a ordem tributária e fraude licitatória praticados pelas empresas Planam e Santa Maria.
O MPF suspeitou de vendas superfaturadas de ambulâncias a municípios mato-grossenses. Diante das denúncias, o instaurou 70 inquéritos, em 2004 para investigar as fraudes. Na próxima semana, o delgado conclui as investigações e indicia os envolvidos. “Essas pessoas praticaram os crimes de formação de quadrilha, fraude nas licitações e lavagem de dinheiro”, explicou o delegado.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/303002/visualizar/
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