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Economia
Sexta - 05 de Maio de 2006 às 07:11
Por: Rosivaldo Senna

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Avançou muito pouco a reunião de anteontem entre os sindicatos patronal e laboral dos trabalhadores no segmento de bares, restaurantes, lanchonetes, churrascarias, pizzarias, boates e similares do Estado de Mato Grosso. Após horas de debates, num dos salões do Hotel Paiaguás, na avenida do CPA, não se chegou a uma definição sobre o novo salário da categoria.

A proposta apresentada pelos patrões foi recusada pelos trabalhadores. Eles, os patrões, ofereceram um aumento de 10% para quem ganha o piso da categoria e de 5% para quem ganha acima do piso. O presidente do Sindecombares-MT, Mário França, recusou e apresentou a sua, de 20% sobre o atual piso da classe, que é de R$ 330, indo para R$ 396, e um reajuste de 11% para quem recebe acima do piso.

“Este percentual patronal me assusta, já que desde que começamos as negociações salariais, em 2001, sempre foram flexíveis e com índices condizentes com a nossa realidade. Agora, apresentam um percentual muito, mas muito abaixo do que esperávamos, e desta forma não há como fechar acordo”, exclama França.

Os patrões também expuseram suas dificuldades financeiras para não aceitar um reajuste acima do percentual apresentado por eles. Os empresários alegaram, ainda, que não adiantaria nada acatar o índice proposto pelos empregados, já que não teriam como pagá-lo e que o resultado seria demissão em massa.

Gerado o impasse, e mesmo dizendo que dificilmente a proposta do sindicato dos empregados seria aceita, a direção do sindicato patronal prometeu apresentá-la aos empresários.

As demais cláusulas da Convenção Coletiva 2006/2007, que também entrou em pauta, foram aprovadas, com pequenas adequações.

ALERTA -- O único ponto que gerou uma maior discussão foi quanto ao não-cumprimento do Acordo Coletivo por grande parte dos empresários, principalmente os do município de Várzea Grande. Segundo França, alguns empresários estão se recusando a pagar as contribuições ao Sindecombares-MT. Acabam pagando para outro sindicato que não representa a classe. Tal atitude, segundo França, não pode continuar. “Além de não cumprirem aquilo que eles mesmos assinaram, estão demonstrando total desconhecimento da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Por ser um direito líquido e certo nosso, os que não cumprirem o determinado em lei serão acionados. Resultado: quem por este ou aquele motivo pagou para outro sindicato terá que fazê-lo aos legítimos representantes da categoria”, frisa França, acrescentando que tudo será feito dentro da lei e com amplo direito de consulta, esclarecimento e direito de defesa dos empresários.





Fonte: Diário de Cuiabá

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